Diagnosticada, em 1999, com artrose bilateral grave, associada com uma deformidade angular que causou uma incapacidade funcional significativa, Maria da Conceição da Silva Santos, de 68 anos, que aguardava há cinco anos na fila de espera sob o número 52, do Hospital das Clínicas do Recife, foi submetida a cirurgia de artroplastia dos joelhos direito e esquerdo, no Hospital de Ensino da Universidade Federal do Vale do São Francisco - Dr. Washington Antônio de Barros, que sob a gestão do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), realizou as primeiras cirurgias de próteses de joelhos artificiais, nos dias 11 e 18 de outubro.
Impossibilitada de trabalhar por causa da doença degenerativa que deforma as articulações, Dona Maria da Conceição, aguardava a cirurgia, com fortes dores nos joelhos e perdendo a mobilidade dia a dia. Porém, no mês de outubro deste ano, para sua surpresa o HU/ISGH passa a realizar artroplastia, procedimento inédito na Unidade, tendo Dona Maria da Conceição como primeira paciente contemplada. Ela relata emocionada, com um sorriso encantador, que agora o sonho de ter qualidade de vida com independência e sem dores, já é uma realidade para ela. “Como dependo do SUS, porque não tenho condições de arcar com o alto custo da cirurgia, que é em torno de R$ 50 mil, tive que esperar por cinco anos e agora meu sonho é uma realidade, graças ao Hospital Universitário. Fiquei com medo de não andar nunca mais”, conta a aposentada, dizendo que para realizar as atividades domésticas, como cozinhar e limpar a casa fazia sentada em uma cadeira.
Na tarde de ontem (21), a paciente recebeu alta e voltou feliz pra casa, tendo seu retorno agendado para ser acompanhada pelo ortopedista e pelo fisioterapeuta. Especialista em Ortopedia e traumatologia, o médico que realizou a cirurgia na paciente, Dr. Álvaro Miranda conta que artroplastia é um procedimento de alta complexidade, indicado em casos de artrose, artrite reumatóide e outras doenças que afetam as articulações, causam muita dor e, em casos graves, impedem as pessoas de realizar atividades simples como andar ou subir escadas. “Isso porque causam o desgaste das cartilagens que cobrem os ossos. E o contato das extremidades desprotegidas provoca desconforto e até imobilidade”, explica o especialista.
De acordo com Dr. Álvaro Miranda, quando a doença está em um estágio avançado, deformando a articulação afetada, a única solução para voltar a ter uma vida normal e sem sofrimento é a artroplastia – cirurgia em que a cartilagem danificada é substituída por próteses que impedem o contato direto dos ossos. “O principal objetivo do procedimento é tirar a dor e permitir que o paciente realize as suas funções normais”, diz o ortopedista.
A filha da paciente, Kátia Luiza Santos, fez questão de agradecer o atendimento do HU/ISGH. “No auge das dores de minha mãe pensamos que ela não voltaria mais a andar, pois não tínhamos dinheiro para que ela pudesse ser operada em um hospital particular. Após o ISGH assumir o Hospital Universitário tudo foi muito rápido e ela conseguiu a cirurgia. Se fosse dar uma nota para este hospital, certamente seria 10”, disse Kátia Luiza.
Para o diretor executivo do HU/ISGH, Ubaldo Rodriguez, a habilitação para realizar a reconstrução articular demonstra que o hospital está no caminho certo, pois mantém a preocupação em ampliar a qualidade do serviço, garantindo a segurança do paciente. “Todos os procedimento realizados no hospital seguem protocolos de segurança rígidos. Nos preparamos para a realização de procedimentos eletivos, e quem ganha é sempre o paciente e a comunidade”, afirmou Rodriguez.
Lidiane Cavalcante
Ascom HU/ ISGH
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