segunda-feira, 9 de setembro de 2013

MILAGRE SÓ SE VÊ NA BAHIA: HOSPITAL BAIANO FAZ CESARIANA EM HOMEM

Jingle da Rede Bahia (Globo) que deixou de ser veiculado há pouco tempo dizia que "... só se vê na Bahia, só se vê na Bahia...". Mas o antigo vídeo que intercalava programas na emissora mostrava belas imagens de Salvador. Bem diferente do que aconteceu ontem no Fantástico, também da Globo.

A Bahia foi destaque no cenário nacional sobre o que seria fato histórico não fosse informação inverídica que possivelmente teve fins de corrupção. Reportagem do programa exibiu matéria sobre o Hospital Geral Roberto Santos, o segundo maior do Estado e onde há suspeita de corrupção, com o procedimento de um parto na modalidade cesariana em um homem.

O Fantástico desembarcou em Salvador para apurar denúncias de que o hospital está autorizando internações com suspeitas de fraude. O trabalhador Ednilton Silva (camisa verde), morador da periferia da cidade, fez uma pequena cirurgia em 2011, o hospital apresentou a fatura ao Sistema Único de Saúde (SUS) e recebeu pelo procedimento.

Nada de errado até o mesmo Hospital Roberto Santos apresentar outra conta sobre a passagem do mesmo paciente e no mesmo dia. A segunda fatura mostra, porém, período de internação maior, além de valores mais altos cobrados por um procedimento cirúrgico impossível de ser realizado num homem: uma cesariana. "Eu entrei pela parte da tarde e sai no outro dia pela manhã, não deu nem 24h", disse o paciente, indignado.

O documento usado pelas instituições de saúde públicas ou particulares, para cobrar os gastos com um paciente internado pelo SUS é a Autorização de Internação Hospitalar (AIH). A AIH do 'parto' de Ednilton, por exemplo, mostra que ele ficou internado por seis dias a um custo de mais de R$ 1 mil. "É um absurdo muito grande", afirmou o paciente que é casado e tem três filhos.

O diretor executivo do Hospital Roberto Santos, Lerley Ladeya, bem que tentou questionar os documentos apresentados pela reportagem do Fantástico, mas o SUS confirmou a veracidade do absurdo. Já a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), responsável pelo hospital, confirmou o erro e disse que vai apurar o caso.


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