Durante as discussões foi apresentado estudos para a melhoria da previsão da estiagem com base nos dados meteorológicos disponíveis e em tempo hábil, de forma que medidas possam ser tomadas, no sentindo de minorar seus efeitos.
De acordo com o secretário de Agricultura do Estado, Eduardo Salles, esses últimos três anos ficarão marcados pelo grande período de escassez de chuvas, que atingiu todo o Nordeste, principalmente a Bahia, que detém a maior parte do território do semiárido brasileiro. “Na Bahia, dentre os setores, o mais atingido é a agropecuária, com perdas de lavouras e de rebanhos, provocando a descapitalização dos produtores. Já andei por 255 municípios da Bahia e, junto com os produtores, estamos discutindo ações emergenciais e estruturantes para que possamos conviver com a seca”, relatou.
Salles ressaltou ainda que em parceira com BNDS foi liberado para a Bahia R$ 6 milhões de reais para 115 municípios. Este recurso será utilizado na compra de 115 retroescavadeira para que a Codevasf, junto com as prefeituras possa realizar a construção de barragens subterrâneas.
Para o estudante de engenharia de produção da Univasf, Adauto Liberato, o Fórum é uma grande oportunidade para buscar informações e saber sobre as ações que os governos estão oferecendo aos produtores rurais. “Meu pai é produtor rural no município de Miguel Calmon e antes estávamos alimentando o gado com a ração convencional. Quando acabou passamos a cortar mandacaru e cizal, mas no último ano a seca se prolongou e muito, e infelizmente tivemos que desfazer de todo o nosso gado. Espero sair desse debate com algum conhecimento técnico para encontrar alternativas viáveis de conviver com a seca”, falou Adauto.
O engenheiro agrônomo e analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf, João Santana Tosta falou sobre as ações que o órgão tem tomado para colaborar com os produtores atingidos pela seca. “Estamos buscando pontos de água confiáveis para ter um volume que possibilite a distribuição adequada para a construção de adutoras, instalação de cisternas de PVC, como a que realizamos na região do Salitre onde a Codevasf entregou cinco novas adutoras. Isso irá permitir que os perímetros irrigados ao longo do rio possam continuar produzindo”, pontuou.
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