É como se a vacina comesse a cocaína no sangue, antes que a droga chegue ao cérebro. Com a vacina, mesmo que a pessoa recaia no vício, a cocaína não surte efeito.
A droga funciona se ligando a um transportador de dopamina, impedindo a reciclagem do hormônio do prazer em duas áreas do cérebro, que produzem então o efeito da droga. A vacina estimula o corpo a tratar a cocaína como um intruso e a montar uma resposta imunitária contra a droga.
De acordo com os resultados do estudo, primatas não-humanos que receberam a vacina apresentaram níveis bastante reduzidos da ligação de cocaína com o transmissor da dopamina, cerca de 20%, bem abaixo dos 47% necessários para ‘dar barato’.
A vacina anticocaína exigirá doses de reforço nos seres humanos e os estudiosos ainda não sabem quantas doses de reforço serão necessárias. Mas a expectativa é de que as pessoas que querem desesperadamente quebrar seu vício, uma série de vacinas deve ajudar.
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