“A candidatura de Eduardo Campos ajuda imensamente o Brasil. Ajuda Aécio também. Nas últimas eleições, eu participei muito por dentro. Elas eram muito equilibradas até o Nordeste. De repente, a diferença que a gente fazia aqui em São Paulo ia embora entre o Maranhão e o Amazonas, por exemplo. Eu não estou nem falando no Nordeste de maneira especial, mas Maranhão e Piauí já somavam alguns milhões de votos”, declarou Sérgio Guerra, nesta segunda-feira (15), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Na avaliação do tucano, a hegemonia do Partido dos Trabalhadores na Região Nordeste, principal reduto da presidente Dilma Rousseff, assim como foi do ex-presidente Lula, ambos do PT, vai acabar em breve. Segundo o parlamentar, o baixo crescimento econômico e as dificuldades pelas quais passam a Petrobras são exemplos de que o governo petista não tem preparo para gerir o país.
“Aquela hegemonia do Nordeste era bastante prejudicial para as possibilidades da oposição. Acho que uma candidatura como a de Eduardo, que tem vigor, tem energia, tem bastante chance de equilibrar a votação de uma maneira geral e a votação do Nordeste em particular”, observou.
Em meio à simpatia do presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), pela candidatura do governador pernambucano, Guerra disse que isso pode ser bom para os pós-comunistas, mas não vê, até o momento, algo de concreto nesta aliança.
O congressista aproveitou, ainda, para alfinetar o senador Jarbas Vasconcelos, que, na prática, é o principal articulador político de Campos no Senado. De acordo com Guerra, o peemedebista, que se reaproximou de Campos após 20 anos de “inimizade”, está buscando a “sobrevivência” na política partidária. “A questão de Jarbas é de sobrevivência política em Pernambuco. Ele foi governador de Pernambuco, mas enfrentou um sério declínio. Nas últimas eleições, ele não elegeu o filho vereador do Recife. Então, ele tem problemas de sobrevivência eleitoral”, disparou.
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