terça-feira, 16 de abril de 2013

EXPLORADORA DE VANÁDIO ELEVA EXPECTATIVA DE LUCRO

A companhia canadense Largo Resource, que vai explorar o vanádio em Maracás, na Bahia, aumentou sua estimativa de retorno do investimento feito no projeto. Em princípio, conforme matéria do Valor Econômico, o investimento de US$ 275 milhões para colocar a mina em produção traria uma taxa interna de retorno (TIR) de 26,3%. Contudo, a melhora das projeções para o preço do vanádio poderá permitir que a companhia obtenha uma taxa de até 40%, segundo Nilson Luciano Chaves, diretor financeiro da Largo.

Em geral, um retorno razoável para projetos de mineração é de 15%, segundo especialistas ouvidos pelo Valor. A estimativa do mercado para o preço do vanádio subiu recentemente após o governo chinês ter elevado a exigência do metal em ligas usadas na construção civil. "Após os danos causados pelos terremotos que atingiram o país nos últimos anos, o governo chinês identificou a necessidade de elevar o teor de vanádio nas ligas", diz Chaves.

A exigência passa de 0,023% de vanádio para 0,05%. O valor ainda é inferior ao exigido nos Estados Unidos, de 0,8%, mas o aumento é rapidamente embutido nas projeções de preços pois a China é o maior consumidor global de metais para construção.

O vanádio, cujo preço é estabelecido diretamente pelas empresas, custa atualmente cerca de US$ 6,8 por libra peso. As estimativas do mercado apontam para US$ 10,6 em 2014 e de US$ 11,9 em 2015, valor que leva ao cálculo da TIR de 40%. segundo Chaves. O custo de produção do pentóxido de vanádio do projeto de Maracás é de US$ 2,10 por libra-peso, diz o executivo.

Neste momento, o projeto da Vanádio Maracás, subsidiária da Largo Resources e dona da operação, está 70% construído, e a estimativa da companhia é de começar a produzir no último trimestre deste ano. Em 2014, a companhia pretende chegar a um volume de 9,6 mil toneladas por ano de pentóxido de vanádio, sendo cerca de 5,5 mil toneladas de vanádio contido.

O mercado prevê que a Bahia será responsável pela produção de 8% do vanádio que será usado em todo o mundo.

Além do uso nas ligas de aço, o vanádio - metal altamente resistente a choques e à corrosão - é usado nas indústrias bélica, aeronáutica, aeroespacial, na produção de aço inoxidável para instrumentos cirúrgicos e ferramentas. A Vanádio de Maracás é a primeira empresa a explorar o metal em solo brasileiro.

No exterior, as maiores reservas do metal estão concentradas na África do Sul, na China e na Rússia, que abastecem o mercado mundial com 97,5% do total produzido, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Em 2011, o Brasil importou 1,2 mil toneladas de liga ferro-vanádio, no valor de US$ 24,9 milhões, ainda segundo o DNPM. Informações do Valor Econômico.


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