sábado, 30 de março de 2013

MARINA TOPA MILITÂNCIA PAGA POR MAIS 350 MIL NOMES

O Rede está atrás de você. Do lado, na frente, em locais de aglomeração popular com militantes voluntários e, desde os últimos dias, com colaboradores pagos para pegar sua assinatura no manifesto de fundação do partido. Com 16% de intenções de voto na última pesquisa, a presidenciável Marina Silva está cruzando o País para dar fazer o corpo a corpo. A direção de seu partido admitiu que passará a contratar pessoal para aumentar a velocidade da coleta de assinaturas.

Estima-se que o partido esteja fechando o mês de março com entre 100.000 e 130.000 assinaturas obtidas, faltando um volume quatro vezes maior para atingir a norma de 500 mil do Tribunal Superior do Trabalho. Sem elas, nada de partido para 2014.

Há o risco, mas também há tempo. O meio milhão de apoios formais tem de ser conseguido até setembro. Com a decisão política tomada de multiplicar seus coletores, agora contando com equipes profissionalizadas, as adesões devem crescer. À razão de 100 mil assinaturas por mês, o Rede chegará lá. No colégio eleitoral nacional de 2010, no qual 138,24 mihões de pessoas estiveram aptas para votar, ela teria hoje mais de 20 milhões de seguidores. Obter 2,5% disso para conseguir as assinaturas necessárias é muito mais uma missão logística do que política.

Mesmo assim, as luzes amarelas estão acesas no Rede. Nos Estados, o partido tem encontrado dificuldade pela falta de estrutura política local. Marina deixou o PV, pelo qual concorreu a presidente nas últimas eleições, e ficou, na prática, sem nenhuma estrutura. A indefinação dela e seu grupo quanto a sair do PV, primeiro, e em seguida para escolher as bases político-programáticas na nova agremiação, motivou o baixo número de assinaturas obtido agora. A saída para o trabalho pago é pragmático.

O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que conseguiu com o seu PSD ultrapassar as 500 mil assinaturas e obter o registro definitivo, apesar de uma série de polêmicas sobre a veracidade de milhares de adesões, fez um partido voltado os políticos. Todos o ajudaram na hora da coleta dos nomes. Marina, ao contrário, está em plena construção de uma agremiação ligada mais diretamente o público que se identificou com suas mensagens na campanha de 2010. É preciso encontrar uma parte dessa gente agora com uma caneta na mão e uma frase pronta: assine aqui, por favor. Pelo que fizeram até agora, Marina e sua Rede têm muito mais ainda para avançar. Conseguirão?


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