Estima-se que o partido esteja fechando o mês de março com entre 100.000 e 130.000 assinaturas obtidas, faltando um volume quatro vezes maior para atingir a norma de 500 mil do Tribunal Superior do Trabalho. Sem elas, nada de partido para 2014.
Há o risco, mas também há tempo. O meio milhão de apoios formais tem de ser conseguido até setembro. Com a decisão política tomada de multiplicar seus coletores, agora contando com equipes profissionalizadas, as adesões devem crescer. À razão de 100 mil assinaturas por mês, o Rede chegará lá. No colégio eleitoral nacional de 2010, no qual 138,24 mihões de pessoas estiveram aptas para votar, ela teria hoje mais de 20 milhões de seguidores. Obter 2,5% disso para conseguir as assinaturas necessárias é muito mais uma missão logística do que política.
Mesmo assim, as luzes amarelas estão acesas no Rede. Nos Estados, o partido tem encontrado dificuldade pela falta de estrutura política local. Marina deixou o PV, pelo qual concorreu a presidente nas últimas eleições, e ficou, na prática, sem nenhuma estrutura. A indefinação dela e seu grupo quanto a sair do PV, primeiro, e em seguida para escolher as bases político-programáticas na nova agremiação, motivou o baixo número de assinaturas obtido agora. A saída para o trabalho pago é pragmático.
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que conseguiu com o seu PSD ultrapassar as 500 mil assinaturas e obter o registro definitivo, apesar de uma série de polêmicas sobre a veracidade de milhares de adesões, fez um partido voltado os políticos. Todos o ajudaram na hora da coleta dos nomes. Marina, ao contrário, está em plena construção de uma agremiação ligada mais diretamente o público que se identificou com suas mensagens na campanha de 2010. É preciso encontrar uma parte dessa gente agora com uma caneta na mão e uma frase pronta: assine aqui, por favor. Pelo que fizeram até agora, Marina e sua Rede têm muito mais ainda para avançar. Conseguirão?
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