A Polícia Civil também realizou mandados de busca e apreensão em três endereços ligados ao casal. Na residência deles, retirou documentos e computadores. Desde 2010, Lílian trava com o deputado João Carlos Bacelar uma disputa pela herança do pai, o ex-deputado federal homônimo do filho, que era conhecido como Jonga Bacelar. Lílian reuniu farto material contra o irmão, que ia da existência de funcionários fantasmas no gabinete à negociação de emendas parlamentares e o uso da construtora da família, a Embratec, em uma série de irregularidades, incluindo a corrupção de funcionários públicos.
Na semana passada, Lílian e André haviam prestado depoimento no Ministério Público Federal em um inquérito que investiga as supostas irregularidades cometidas por Bacelar. Para eles, a prisão hoje é uma evidente retaliação.
— Temos gravações que indicam que ele estava utilizando as relações pessoais na Secretaria de Segurança Pública para efetivar as prisões contra nós. Eles levaram documentos importantes aos quais tivemos acessos no período em que Lílian trabalhou na construtora e até os que tratam da venda de emendas. Na semana passada, fomos ouvidos no MPF no inquérito contra o deputado e havíamos nos comprometido a voltar no início de dezembro com o material organizado. Agora, todo ele foi apreendido - explica André Guimarães.
Procurado, o deputado João Carlos Bacelar não quis comentar a prisão da irmã e do noivo dela.
O GLOBO
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