“Nós tivemos no Triângulo Mineiro investigando a questão da exploração sexual, e lá também descobrimos que há crianças que eram vendidas já no ventre materno. Já nascia e a mãe não tinha contato, e era levada para o tráfico internacional”, aponta Luiz Couto.
O deputado federal Luiz Couto (PT/PB) é o vice-presidente da CPI do Tráfico de Pessoas
Outra denúncia diz respeito ao fato de juízes não ouvirem os familiares em casos de adoção. “O fato da Bahia mostra que ali houve inclusive a presença de magistrado que concedeu sem ouvir os familiares”, aponta Couto.
A investigação da CPI aponta que há casos em que “quase todos (os filhos) foram retirados”. Um dos problemas é que “nessa questão do tráfico humano também é importante verificar a questão da adoção sem critérios”, aponta Luiz Couto.
“Temos denúncias de pessoas que foram enganadas e seus filhos foram retirados. Isso mostra que é preciso cada vez mais enfrentar essa questão do tráfico de seres humanos. E o ministério da Justiça tem feito um trabalho nesse aspecto. O ministro (da Justiça) José Eduardo Cardozo tem recebido denúncias, a ONU está preocupada com esta situação, o governo brasileiro também está preocupado com essa situação e a CPI vai oferecer não apenas um diagnóstico da situação que ocorre, mas também de propostas para que nós possamos penalizar aqueles que possam agir desta forma”.
O trabalho da CPI do Tráfico de Pessoas prevê punições mais rigorosas e ágeis para quem estiver envolvido com o tráfico de humanos. “Nesse sentido essa nossa CPI é muito importante, e tenho a certeza que o nosso governo está atento a isso, e vamos trabalhar para dar um basta nessa situação de tráfico de seres humanos, dando condições efetivas para que aqueles que assim agiram sejam punidos na forma da lei”, afirma Luiz Couto.
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