terça-feira, 5 de junho de 2012

Governo e sociedade atuam para minimizar efeitos da seca no estado

Ações integradas para minimizar os efeitos da estiagem na Bahia foram discutidas por representantes de oito secretarias estaduais, das Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) e da sociedade civil organizada, incluindo as classes empresarial e religiosa, a partir da reunião com o governador Jaques Wagner. O encontro foi realizado ontem na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador.
O governador afirmou que o impacto da seca vai se refletir na economia baiana por mais um ou dois anos. "Muita gente perdeu o plantio e os animais, mas estamos ao lado dessas pessoas, fazendo ações emergenciais e estruturantes que vão nos preparar melhor para futuras estiagens." Segundo ele, a Bahia tem 56% do território no semiárido, "área que já é de pouco índice pluviométrico, e, quando isso diminui ainda mais, temos a crise pela qual estamos passando agora".
Estrutura básica – De acordo com o secretário de Relações Institucionais, Cezar Lisboa, o Estado já tem um sistema de logística com 11 postos de distribuição e três de doação espalhados em diversas regiões do estado. "Estamos colocando à disposição estrutura básica para que cada entidade tenha um canal para que os alimentos cheguem o mais rápido possível às famílias." O secretário informou que o próximo passo é uma reunião de trabalho, hoje, para definir a forma de cada entidade contribuir.

Segundo o secretário da Casa Civil, Rui Costa, uma das principais preocupações do governo é com o apoio ao agricultor familiar. "Oferecemos crédito, adiamento eventual de dívidas, abastecimento com carros-pipa e cestas básicas, entre outras ações." Ele explicou que o trabalho objetiva garantir que as contribuições cheguem rapidamente às famílias. "A Bahia é muito grande e precisamos combinar o custo da logística com o benefício que vai chegar ao cidadão."
O coordenador da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Fetraf) no estado, Rosival Leite, disse que a entidade está empenhada em contribuir para amenizar os efeitos da seca.

Artesanato – Até dezembro deste ano, o Instituto Mauá, autarquia vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), irá adquirir, em toda a Bahia, 42 mil peças de artesanato, com investimento de R$ 700 mil. Do total, R$ 350 mil serão destinados a 35 municípios da lista que já declarou situação de emergência por causa da ausência de chuva.

O anúncio foi feito durante a reunião de ontem. Na ocasião, ao entregar ao governador Jaques Wagner e à primeira-dama Fátima Mendonça uma colcha de fuxico, a artesã Josefa Silva de Macedo, do município de Nova Soure, materializou simbolicamente a aquisição dos produtos pelo Mauá.

Mobilização para arrecadar doações

Empresários, políticos e artistas baianos participaram de um almoço solidário, ontem, no restaurante Catarineta, no Hotel Pestana, com o governador Jaques Wagner, a primeira-dama e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, Fátima Mendonça, e secretários de Estado, com o objetivo de arrecadar fundos para minimizar os efeitos da seca no estado.

Realizado pelas Voluntárias Sociais e o Banco do Brasil, o evento reuniu 200 participantes, que fizeram doações em dinheiro para a conta da mobilização SOS Seca na Bahia, iniciativa de âmbito nacional. Qualquer pessoa pode doar, fazendo depósito na agência 3832-6, conta corrente 992733-6. O primeiro a contribuir foi o governador. "É bom saber que a sociedade quer ajudar a todos que estão sofrendo com a seca. Não importa o valor, o importante é dar apoio às famílias que estão sofrendo com a estiagem."
Todo o dinheiro arrecadado será destinado à Defesa Civil estadual, responsável pela gestão dos recursos, destinando o montante para ações emergenciais. "Esse evento foi a maneira que encontramos para mobilizar os empresários baianos a participar de uma ação tão justa. Toda a sociedade deve contribuir para amenizar o problema da seca", disse Fátima Mendonça.

Informações sobre a campanha

Para o diretor-executivo da Rede Record, Carlos Alves, a iniciativa do Estado ajuda a população das cidades que vivem situação precária por causa da longa estiagem. "Essa parceria do governo, da iniciativa privada e da TV Record visa chamar a atenção da população para que ela possa contribuir com a doação de água e alimentos. A emissora dá a sua contribuição, informando sobre a campanha, indicando os locais de doação e a situação decorrente da seca."
Participaram também da reunião os secretários de Comunicação Social, Robinson Almeida, do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Mara Moraes, da Fazenda, Luís Alberto Petitinga, do Planejamento, José Sergio Gabrielli, e da Segurança Pública, Maurício Barbosa, além do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, e da presidente das Voluntárias Sociais, Fátima Mendonça.

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