Prezado Zé Carlos,
Depois de exibida a reportagem da TV RECORD, Laranjas do Sertão, o prefeito Joãozinho, envergonhado e aflito, afinal as mazelas da sua administração desastrada e corrupta foi exposta aos quadrantes do país, vestiu o figurino de ator e agora esforça-se pra passar-se por vítima falando em nota aos blogs e rádios que “determinou apuração, suspendeu contratos, e pôs se á disposição do Ministério Público, e blá, blá, blá”!!
Ou seja, o prefeito João agora vai denunciar o próprio esquema!! Da confusão ele quer a salvação. Falta combinar com o Ministério Público Federal, AGU, DPF e o povo pra dar certo o plano.
Saibam os Senhores que Joãozinho não é o neófito ou o desavisado que tenta demonstrar: vice-prefeito do seu cunhado José Lauro (outro trampolineiro com condenações e bens bloqueados) durante 12 anos, Joãozinho já é o atual prefeito de Pilão Arcado há cinco infelizes anos, ou seja, 17 anos de muita estrepolia, trampolinagem e arte ás custas do sofrido povo oprimido de Pilão Arcado.
Ora,vir agora a público dizer que não sabia e não conhecia os esquemas dos laranjas é patético, não sendo João Porfírio propriamente um desavisado porque na verdade cada contrato, cada nota de empenho levou a assinatura dele e, se não bastasse tanto, Pilão é cidade pequena em que todos se conhecem até pelo nome.
João dá-se por surpreso, mas que dizer se entre as empresas do grande esquema por ele montado estão o Posto Santana do seu cunhado Eduardinho (2,5 milhões), a papelaria Chaisa do seu primo Charles de Remanso, R$ 1,5 milhão e a Pirajá Serviços do Luxo, digo Lixo, com outros R$ 2,5 milhões em 2013, R$ 1,8 milhões em 2012...empresa de Lauro de Freitas está registrada na Juceb justamente em nome do seu parente José Porfírio?
Que dizer de uma empresa em Remanso, Rio Pneus, fornecedora de Pneus com contratos que somam em três anos, R$ 1,3 milhão quando a frota de veículos da prefeitura não excede a duas dezenas de veículos e com “peças para manutenção” esses veículos consumiram mais R$ 1,5 milhão?
Seria possível acreditar que Joãozinho, advogado, político de carreira, nunca se perguntaria por que se gastava milhões com tantos pneus para tão poucos veículos?
No contrato em nome de Débora Gomes da Costa, a pobre mulher usada, a Prefeitura e Câmara dispenderam R$ 848 mil reais com material gráfico e computadores; de Remanso, mais R$ 261.263,00 para computadores através do Bazar do Prof. Alcides, e o prefeito Joãozinho não iria conferir se os computadores foram entregues? Impossível acreditar que não fosse.
A desculpa de que foi traído, não sabia, é filme revisitado, manjado. Um administrador que não sabe o que se passa na sua firma, é inapto ou inepto.
Por tanto e tudo que se viu na reportagem da TV RECORD, que não exibiu nem 20% dos seus desmandos, conclui-se que o prefeito não é um bom ator, em verdade é um atormentado.
Perez Mangueira
Advogado
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