quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

90% DOS BOLSISTA DO CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS SÃO DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS

Nove em cada dez universitários brasileiros que receberam uma bolsa de intercâmbio do programa Ciência sem Fronteiras (CSF) até dezembro de 2013 estão vinculados a instituições e órgãos públicos. Levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais divulgados no site do CSF mostram que, de 38.121 bolsas detalhadas por instituição de origem, 3.849, ou 10,1%, foram concedidas a estudantes de universidades, faculdades, centros universitários e instituto de pesquisa privados. Os bolsistas de instituições estaduais e federais, além de funcionários vinculados a museus, prefeituras e ministérios somam 34.270, ou 89,9% do total.

Os números se invertem no resultado do Censo da Educação Superior. Segundo as estatísticas de 2012 divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 73% das matrículas no ensino superior estavam na rede privada (com 5.140.312 alunos), e 27% nas instituições públicas (1.897.376 matrículas).

Quase todas as universidades e institutos federais usam a nota do Enem como critério para o acesso ao ensino superior. O CSF já usava o Enem como critério de desempate entre candidatos, mas, desde 2013, ele se tornou obrigatório para participar do programa. A nota mínima exigida dos candidatos é 600 pontos. Com a popularização do programa de intercâmbio bancado pelo governo federal, aumentou também o número de estudantes que já haviam sido aceitos em uma universidade, mas se inscreviam no Enem apenas para concorrer a uma dessas bolsas.

Ainda cruzando os dados das bolsas concedidas pelo CSF e as matrículas do Censo da Educação Superior, o levantamento mostra que as instituições do Distrito Federal, onde foram registradas 191.077 matrículas, receberam 1.629 bolsas do programa, o que equivale a uma bolsa para cada 117 matrículas, a razão mais alta do país. Em Minas Gerais, essa razão é de uma bolsa por 118 universitários. O Rio Grande do Norte, o Rio Grande do Sul e Pernambuco completam o topo da lista com uma bolsa por 120, 126 e 129 estudantes, respectivamente. 

G1

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