sábado, 29 de junho de 2013

GE investe em energia eólica no Nordeste

De olho no crescimento da indústria de energia eólica no Brasil nos próximos anos, a GE planeja uma série de novos investimentos para consolidar sua posição como uma das principais fornecedoras de equipamentos eólicos do País. O entusiasmo da multinacional e as declarações sobre novos projetos para o mercado brasileiro coincidem com um período em que o setor vive momentos de incerteza. Segundo o gerente geral de Energias Renováveis da GE Power & Water, Jean-Claude Robert, a companhia investirá em torno de US$ 5 milhões na construção de uma fábrica de aero geradores, cujas obras devem ter início ainda no segundo semestre deste ano.

O executivo não revela detalhes sobre a capacidade produtiva e a localização da nova unidade, mas diz que a intenção da companhia é que a instalação esteja concluída até o dia 1º de janeiro de 2015. Esse é o prazo determinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que os fabricantes passassem a produzir os componentes de alta complexidade de um projeto eólico no Brasil para que sejam credenciados ao Finame, uma linha especial de crédito do BNDES para a produção e a aquisição de máquinas e equipamentos novos.

No fim do ano passado, o banco estabeleceu novas regras para o Finame com o objetivo de estimular um maior nível de nacionalização dos equipamentos eólicos. Robert explicou que a companhia já produzia as torres, o hub e as pás dos parques eólicos no Brasil. “Hoje, a GE já atende as regras atuais do Finame”, assegurou. O executivo citou como exemplo do aproveitamento de conteúdo nacional a parceria com a empresa brasileira Tecsis, de quem a GE adquire as pás eólicas para a instalação dos empreendimentos.

Considerando que a participação da energia eólica na matriz elétrica saltará do atual 1,69% para 5,5% em 2017, de 2,09 mil MW de capacidade instalada para 8,8 mil MW, segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Robert afirmou que a nova fábrica de aerogeradores atenderá, inicialmente, a demanda do mercado brasileiro. Porém, o executivo não descarta a possibilidade de a instalação servir, no futuro, para suprir a demanda de outros países da região. “A fábrica terá capacidade de expansão. Só que tudo dependerá de quanto o Brasil vai querer contratar de energia eólica nos leilões”, argumentou. Até o fim do ano, a GE terá mais de 1 mil MW de turbinas eólicas instaladas no Brasil em operação comercial.

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