Depois de a Fifa apontar o Maracanã como a principal preocupação para a Copa das Confederações deste ano, o ex-presidente do Corinthians e ex-dirigente da CBF Andrés Sanchez chamou atenção, nesta segunda-feira, para os problemas que enfrenta o Itaquerão, estádio que vai representar São Paulo na Copa do Mundo de 2014. Em entrevista ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, Sanchez disse que as obras do estádio do Corinthians podem parar no fim deste mês devido à burocracia que o clube e a construtora Odebrecht enfrentam para conseguir receber o investimento acertado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o dirigente, o financiamento prometido pelo BNDES e o pacote de melhorias para a região não foram liberados, o que pode obrigar o clube e a construtora a paralisar o trabalho de um dia para o outro. "Todo mundo sabe que o Corinthians dependia do financiamento do BNDES e da garantia sobre investimentos de melhoria para a zona leste para tocar a obra. Se não saírem nas próximas semanas, nós vamos parar as obras na arena", avisou. "Não saiu nem o financiamento nem o pacote. Se não sair em um mês, a obra para", completou.
Sem receber o acertado com o BNDES, a Odebrecht foi obrigada a fazer empréstimos em bancos privados para dar conta do prazo estipulado pela Fifa -- dezembro deste ano. "Se não fossem as medidas da Fifa, o Estádio do Corinthians já estaria pronto com o dinheiro que foi investido até agora. O Corinthians gastou R$ 30 milhões, a Odebrecht está fazendo empréstimos e o Corinthians é responsável pelos juros desses empréstimos", explicou Sanchez, que, apesar da preocupação, diz acreditar que o documento que destrava o dinheiro deve sair em breve.
Melhorias
O pacote de melhorias para a região de Itaquera envolve a construção de escolas e faculdades técnicas do governo, além extensão da Radial Leste, principal acesso à região e ao estádio. É prevista ainda a construção de uma rodoviária e a revitalização das estações de trem e metrô.
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