terça-feira, 12 de março de 2013

PSC IGNORA GRITA E PASTOR FICA EM 'DIREITOS HUMANOS'

A reunião que o PSC anunciou para rediscutir a presença do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara serviu para o partido reafirmar a indicação e manter o polêmico pastor na posição. Na saída do encontro, Feliciano diz que não irá renunciar, porque tem o apoio de sua legenda. "Vou fazer um pronunciamento amanhã (quarta) na comissão. Teremos uma pauta bem produtiva. Meu partido decidiu que fico e continuarei na presidência da comissão. Estou tranquilo. Sou um homem sereno", disse Feliciano.

Questionado sobre o fato de o pastor responder a inquérito no Supremo e aparecer em vídeo no qual pede a senha do cartão de crédito de um fiel, o líder do PSC, André Moura (SE), relativizou. "E quantos presidentes de comissão respondem a inquérito? Por que se questionar apenas o Feliciano?", questionou. "Vamos levantar os inquéritos dos outros? Esse não é o critério", argumentou.

Segundo o líder do PSC, "está havendo pré-julgamento". "Espero que ele conduza de maneira correta, abrindo a comissão a todos os segmentos", acrescentou Moura. Para o deputado, as manifestações a favor de Feliciano superam 'em 50%' as contrárias. "Vamos discutir (na bancada) as manifestações favoráveis e contrárias e fazer a comunicação. Como líder tenho que respeitar a decisão da bancada", disse.

Reunião
Coube ao líder do PSOL, Ivan Valente (SP), destacar a reação contrária à eleição de Feliciano por parcela da sociedade, manifestada por meio de vários protestos pelo país no último fim de semana. O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), se posicionou ao lado do PSC, destacando que o partido não queria a comissão, e acabou tendo que ficar com ela porque outras legendas não quiseram. Não cabe a elas, portanto, querer interferir agora.

Já o PR informou que a decisão tomada pelo PSC será respeitada por seus deputados. O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), também disse que é preciso respeitar a decisão do PSC, mas defendeu que o partido encontre uma solução para o problema. Líder do PSB, Beto Albuquerque (RS) questionou a falta de pluralidade na comissão, enquanto a deputada Manuela D'Ávila, que falou em nome do PC do B, destacou que "com Feliciano na presidência será crise o ano todo".

Líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) disse que era preciso dar crédito ao líder do PSC, mas cobrou uma solução por parte da legenda. ""Cabe ao líder do partido trazer uma resposta a todos nós. Uma tentativa de solução para este impasse", disse. Já o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a manutenção de Feliciano na presidência da Comissão "não é prudente". "Não entendo que deva continuar. Se ele entender que vai continuar, sua bancada é que vai concordar ou não. Não posso interferir".


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