quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

BOICOTE - GUERRA ELÉTRICA É PRIMEIRO 'ROUND' DILMA-AÉCIO


Planalto coloca na conta do senador tucano o não atingimento da meta de 16,2% na redução da tarifa de energia elétrica em 2013; opção de São Paulo (Cesp), Paraná (Copel) e Minas Gerais (Cemig) de não aderir integralmente às consessões foi articulada pela cúpula do PSDB; pré-candidato à Presidência, Aécio Neves critica o que chama de profunda intervenção no setor "sem diálogo ou planejamento"
Mal foi anunciado pelo PSDB como pré-candidato à Presidência da República, o senador mineiro Aécio Neves já contabiliza seu primeiro embate com a presidente Dilma Rousseff. A posição dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná em não aderir integralmente às regras da Medida Provisória 579, que prevê a diminuição da tarifa de energia elétrica em 16,2%, foi articulada pela cúpula do PSDB.
Governadas pelos tucanos Antônio Anastasia, Geraldo Alckmin e Beto Richa, as unidades federativas aceitaram aderir integralmente apenas na área de transmissão de energia pelas estatais Cemig, Cesp e Copel, mas não na área de geração. A linha de frente do posicionamento foi tomada por Aécio, que já assume um discurso presidencial.
Da tribuna do Senado, o tucano voltou a criticar o que chamou de profunda  intervenção no setor elétrico "sem nenhum diálogo ou planejamento". O senador afirmou que a MP foi mera "propaganda política", às vésperas das eleições municipais, e alertou o Congresso para a necessidade de debater o tema. "Não é racional que uma medida que interessa ao país seja decidida pelo rolo compressor do governo sem que alternativas possam ser aqui discutidas".
Impacto eleitoral
Agora, os tucanos têm como missão convencer a população que a decisão de não aderir às regras da medida são técnicas, e não políticas. O governador mineiro decidiu só se manifestar sobre o assunto nesta quarta-feira, a fim de não vincular o posicionamento do estado ao lançamento de Aécio como candidato à presidência, ocorrido na segunda-feira durante evento do partido.
Efeito São Paulo
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, já houve reação de lideranças sindicais e entidades sociais diante da decisão do governador Geraldo Alckmin nesta terça-feira. De acordo com as lideranças, ao deixar a Cesp de fora do pacto pela redução da tarifa, o governo paulista se recusa a contribuir com o desenvolvimento do País e com a redução dos custos de produção.
Sindicalistas veem a atitude como um boicote do governo tucano, que reflete em prejuízo para a sociedade brasileira. Para Wilson Marques Almeida, diretor da Sinergia e integrante da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia no Estado de São Paulo, os trabalhadores aguardam que, além da redução das tarifas, o governo busque meios de assegurar também a continuidade de investimentos, a garantia da manutenção de empregos e dos benefícios dos trabalhadores.
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