terça-feira, 20 de novembro de 2012

PAC do Semiárido é destaque em debate sobre sustentabilidade no agronegócio baiano


A urgência em preparar o semiárido para a convivência com a seca e as mudanças climáticas, foi um dos assuntos discutidos pelo secretário estadual da Agricultura,  Eduardo Salles, durante o debate “A sustentabilidade no agronegócio baiano”, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), na manhã desta terça-feira (20), em Salvador. O evento faz parte da programação da 3ª edição da Agenda Bahia, promovida pela Rede Bahia, em parceria com a Fieb.
O debate reuniu, além de Salles, o ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues; Jackson Ornela, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia, João Lopes. “Diante da pior seca enfrentada pela Bahia nos últimos 50 anos, temos que encontrar formas de conviver com a estiagem no semiárido e driblar os efeitos das mudanças climáticas, que interferem no agronegócio. Sabemos que existe algo de errado com o clima, percebemos isso através da redução da quantidade de chuvas na Bahia”, destacou Eduardo Salles.
O secretário informou que, como presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), está reivindicando à presidente Dilma Rousseff a implantação do PAC Semiárido, visando atender a mais de 1,5 milhão de pessoas nos estados do Nordeste e Minas Gerais. A meta é garantir recursos para investir na construção de barragens subterrâneas e perfuração de poços artesianos, mesmo com água salobra, para dessedentação animal; plantação de palma adensada, para formação de reserva estratégica de alimentos, dentre outras ações que vão preparar a região para o período de estiagem. “Esta é uma das pautas que vamos discutir durante a Fenagro 2012, no dia 30 de novembro, com os 27 secretários da Agricultura do Brasil, no Parque de Exposições de Salvador”, sinalizou.
Durante o debate, ele disse que o sistema metereológico do País pode melhorar para proporcionar mais segurança e economia aos produtores. “O serviço está muito aquém do que necessitamos. Em outros países o sistema funciona muito bem e prepara os agricultores para possíveis eventos climáticos”, disse Eduardo.

Irrigação Sustentável
A irrigação, que já foi discriminada pela metodologia utilizada, por haver desperdício dos recursos hídricos, atinge uma área de 350 mil hectares em território baiano, somando-se os empreendimentos estaduais e privados, segundo o superintendente de Irrigação da Secretaria da Agricultura (Seagri), Marcelo Nunes de Abreu. Para que a atividade seja sustentável, é preciso investir em tecnologias mais eficientes na economia de água.
“Antes o produtor fazia a irrigação por inundação, uma técnica que encharca a terra e consome muita água e, por isso, é condenada por conta do desperdício. Hoje eles estão mais adequados ecologicamente e fazem a irrigação dos seus plantios de maneira a não cometer desperdícios. Inclusive, estamos discutindo junto ao governo do Estado, o aumento da irrigação com o aproveitamento das cheias de alguns rios”, contou o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia, João Lopes.

Certificação
Uma novidade que está sendo discutida entre as Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente é o Selo Verde, para produtores que queiram modernizar os seus sistemas de irrigação, minimizando os seus custos de produção e realizando economia de água. A iniciativa das duas Secretarias deverá ser executada em 2013, com o objetivo de premiar os produtores que substituírem os seus sistemas para gerar mais economia, eficiência e criar condições para maior competitividade e sustentabilidade.

Fonte:
Ascom Seagri

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