Os investimentos do setor privado em telecomunicações deverão atingir o recorde histórico de cerca de R$ 25 bilhões neste ano, R$ 1 bilhão a mais do que o total investido em 2001.
A informação foi dada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. E o setor tem potencial para aumentar esses recursos ainda mais, disse o ministro nesta segunda-feira (4), na entrevista coletiva de uma empresa que vai atender esse tipo de demanda na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
Para isso, o ministro deve apresentar ao governo uma série de medidas para desonerar o setor de telecomunicações e acelerar o investimento. Um projeto com medidas para desonerar o setor de abrangeria, por exemplo, os smartphones, que poderiam ser incluídos na Lei do Bem, como já acontece com os tablets.
Nesta segunda-feira, a presidenta Dilma Rousseff falou sobre o assunto, em discurso no Palácio do Itamaraty. Ela disse que, diante do acirramento das crises e de processos recessivos na economia internacional, o Brasil está se preparando para ter uma política pró-cíclica de investimentos. ‘Temos imensas oportunidades na área de infraestrutura, transporte, energia e telecomunicações”, afirmou durante almoço oferecido ao rei Juan Carlos, da Espanha.
Paulo Bernardo lembrou que as empresas de telecomunicações vêm mantendo nos últimos dez anos uma média de investimento no setor da ordem de R$ 17 bilhões por ano. “Eu tenho dito de uma maneira geral que nós [governo federal] queremos aumentar ainda mais estes investimentos. Queremos ainda fazer uma intensificação do uso das tecnologias da informação e da telecomunicação: celular, banda larga, TV por assinatura”.
Para que esta massificação possa ocorrer, no entanto, o ministro acredita ser necessário, também, baratear os custos. “Esta questão das áreas de tarifação, por exemplo, nós já solicitamos à Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações] estudar uma revisão no número hoje existente”.
O ministro destacou que existem hoje, no País, 4,2 mil áreas de tarifação diferentes. “Antigamente existiam dificuldades e necessidades técnicas, que tornavam razoáveis que este número elevado de áreas. Hoje, com o avanço da tecnologia no setor, essa diferenciação não faz mais sentido”.
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