sábado, 26 de maio de 2012

TRT fixa reajuste de 7,5%, mas greve continua em Salvador

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 5ã Região fixou em 7,5% o reajuste para os funcionários das empresas de ônibus de Salvador, mas, em uma assembleia realizada após o julgamento do dissídio nesta sexta, os rodoviários decidiram manter a greve.
A decisão do TRT foi um meio-termo entre os 13,8% pedidos pelos empregados e os 4,88% propostos pelas empresas.
Na quinta, um dia após a deflagração da greve, os trabalhadores chegaram a sinalizar aceitar 11%, mas recuaram após os patrões suspenderem as conversações até o julgamento do dissídio.
Enquanto isso, a terceira cidade mais populosa do país continua praticamente sem transporte público.
O Sindicato dos Rodoviários, que é filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), deverá recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho contra o percentual fixado pela corte trabalhista baiana.
No final da tarde, os trabalhadores realizaram uma assembleia, rejeitaram o percentual fixado pela Justiça e decidiram continuar a greve.
"Com 10% era possível [encerrar a greve], mas a categoria achou pouco 7,5%", disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado.
O Sindicato das Empresas de Transporte diz que vai reajustar os salários no percentual fixado pela Justiça. "Decisão judicial é para ser cumprida", disse Jorge Castro, representante das empresas.
A greve foi considerada abusiva, mas não ilegal pela Justiça. Isso significa que os rodoviários deverão manter em operação 40% da frota de ônibus (60% em horário de pico) enquanto recorrem do resultado do dissídio. Mas essa exigência não foi cumprida até agora.
O TRT fixou em R$ 150 mil a multa para os rodoviários se os ônibus não voltassem a circular após o julgamento e mais R$ 50 mil de multa para cada dia em que o serviço deixasse de ser oferecido à população. As multas para as empresas são, respectivamente, R$ 75 mil e R$ 25 mil.

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