sábado, 26 de maio de 2012

COMITÊS DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO QUEREM MELHOR GESTÃO DA ÁGUA


A necessidade de melhorar a gestão dos recursos hídricos foi a conclusão que emergiu da discussão pública sobre os efeitos da estiagem na bacia do Rio São Francisco, que se estendeu durante todo o dia de hoje (25.5), no auditório da Codevasf, em Juazeiro. O encontro, promovido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - CBHSF, reuniu dirigentes dos governos federal, estaduais e municipal, representantes de seis comitês de bacias de rios afluentes, conselhos de seis açudes e a categoria dos produtores irrigantes do Oeste da Bahia.
No primeiro relato do dia o representante do comitê da bacia do rio Salitre, Almack Luiz Silva, distinguiu entre “a seca natural, cíclica, e a seca de gestão”. A abordagem predominou nas diversas intervenções, consolidando o entendimento de que a escassez de água que penaliza atualmente as populações, culturas e criações no Nordeste decorre tanto do fenômeno cíclico da estiagem como também de outros fatores, relacionados com a gestão dos recursos hídricos. No encerramento da programação matutina, o presidente do Comitê do São Francisco, Geraldo José dos Santos, destacou este como o sentimento emergente entre os participantes:
“É um anseio geral, todos desejam uma melhor gestão dos recursos hídricos, quer seja nas ações de governo, ou nas ações dos próprios comitês”. Os depoimentos evidenciaram problemas de toda ordem, desde a falta de água, falta de recursos para investimentos em obras hidroambientais, até o desmatamento, poluição, assoreamento, degradação das nascentes, técnicas predatórias, convergindo para o convencimento de que é necessário desenvolver meios de convivência com a estiagem, enquanto fenômeno cíclico.   
O presidente da Agência Pernambucana de Águas e Climas - Aspac, Marcelo Asfora,  opinou que “devemos ter uma visão clara sobre o que é situação de calamidade e o que é a  convivência com o semiárido. Neste momento, em relação à estiagem, estamos diante de um evento catastrófico, que deve ser tratado como tal, isto é, uma situação de emergência. Ao mesmo tempo, se aprendermos a conviver bem com o semiárido, se desenvolvermos procedimentos e tecnologias adequados, teremos meios para enfrentar a estiagem”.

Ascom CBHSF

Um comentário:

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