segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Adriano acusa estudante de má-fé e diz receber apoio do Corinthians

O atacante Adriano se defendeu na tarde desta segunda-feira da acusação de ter baleado a estudante Adriene Cyrilo Pinto, 20, na madrugada do último sábado. Segundo o atleta do Corinthians, a própria vítima manuseava a arma quando a pistola disparou acidentalmente.
"Não entendo o porquê de ela estar me acusando. Os exames vão sair e vai ser comprovado o que houve. Estou tranquilo, senão, nem estaria dando entrevista aqui. Vocês sabem o quanto não gosto de dar entrevistas", afirmou o jogador, ao chegar à 16ª (Barra da Tijuca), para prestar novo depoimento sobre o caso.

A estudante ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.
Caso fique comprovado que Adriene está mentindo, ela poderá ser enquadrada por crime de denunciação caluniosa, que prevê pena de 2 a 8 anos de prisão.
Se Adriano for culpado, poderá pegar até 7 anos de prisão. Ele responderia pelos crimes de lesão corporal culposa (3 meses a 1 ano) e de fraude processual (6 meses a 6 anos).
Wallace Teixeira/Fotoarena/Folhapress
O atacante Adriano, do Corinthians, dá entrevista depois de ser ouvido por delegado
O atacante Adriano, do Corinthians, dá entrevista depois de ser ouvido por delegado
Para Adriano, a acusação de Adriane é injusta. Por isso, frisou que não vai arcar com as despesas do tratamento da estudante. O jogador relatou ter tirado sua camisa para estancar o sangue oriundo do ferimento, e que se propôs a ajudar Adriane desde o início.
"Ela é a única pessoa que disse que eu estava no banco de trás. A própria amiga dela, que nem conheço, disse isso que eu estava na frente. Mostra que ela está agindo de má-fé. Não tem caráter", afirmou.
"Quando as coisas acontecem com o Adriano, têm uma repercussão muito grande. Não sei o que se passou na cabeça dela para ela fazer isso", completou.
Adriano contou que estava no banco do carona de seu carro, quando Adriene teria pego a pistola calibre 40 de um amigo do jogador, Julio Cesar Barros de Oliveira, 52, que é tenente reformado da PM. A arma, segundo o atacante, estava num compartimento entre os dois bancos da frente.
"Ninguém viu quando ela pegou a arma. Foi tudo muito rápido, apenas lembro do susto quando ocorreu o disparo, o barulho foi muito grande", observou.
O jogador garantiu que nunca tinha visto Adriene antes. Ele disse ter dado carona a ela a pedido de um outro amigo, que a teria conhecido no camarote da casa noturna Barra Music. Com o carro cheio -- havia mais três mulheres --, o amigo de Adriano teria pego o táxi e seguido o grupo. Adriano afirmou ainda que só conhecia duas das quatro mulheres que estavam no veículo.
Em relação ao Corinthians, Adriano afirmou não temer uma repercussão negativa do caso dentro do clube. Disse que tem recebido apoio do presidente, e que nada foi passado a ele sobre uma possível rescisão de contrato.
"Até agora, estou tranquilo. Não me falaram nada sobre isso [rescisão de contrato]", completou.

Folha.com

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