sábado, 28 de junho de 2014

BAHIA: TRINTA MILHÕES DE COMPRIMIDOS POR DIA SERÃO PRODUZIDOS EM LABORATÓRIO PÚBLICO

A Bahiafarma, laboratório público vinculado à Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), foi reinaugurada após 18 anos no Centro Industrial de Aratu, em Simões Filho, com o lançamento do seu primeiro produto desta nova fase, a Cabergolina, para uso em pessoas com distúrbios hormonais. Participaram da cerimônia o governador Jaques Wagner, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o secretário da Saúde da Bahia, Washington Couto. A produção da Cabergolina, estimada em mais de um milhão de comprimidos ao ano, vai suprir 100% da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS), gerando uma economia ao Ministério da Saúde, no primeiro ano, de R$ 3,7 milhões.

"Só essa economia é mais de 10% do que foi investido pelo governo na Bahiafarma (R$ 27 milhões)", disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Atualmente, o gasto anual com o medicamento é de R$ 9,1 milhões. Importado pelo SUS da Argentina e da Itália, ao valor de R$ 270, o comprimido será vendido pela Bahiafarma pela metade do preço. Essa será a média de redução de gastos do SUS a partir da produção de outros sete fármacos no estado. O Ministério da Saúde estima uma economia de R$ 39,7 milhões na aquisição desses medicamentos no primeiro ano de funcionamento do laboratório baiano.

A presidente da Bahiafarma, Julieta Palmeira, afirma que até 2015 outros sólidos orais vão ser fabricados. Em 2018, será a vez dos anticorpos monoclonais. Fruto de um convênio entre os governo federal e estadual, o projeto recebeu um investimento R$ 29 milhões - R$ 2 milhões provenientes do estado -, que custearam as obras físicas e os equipamentos da unidade industrial localizada no Centro Industrial de Aratu (CIA), em Simões Filho. A capacidade de produção da planta é de 60 milhões de comprimidos a cada bimestre. Com alto grau de informatização, gerou 120 empregos diretos.

Cabergolina
O laboratório já tem o registro da Anvisa e a autorização para iniciar a produção nacional da Cabergolina. A expectativa é que o governo federal realize a primeira compra do produto daqui a dois meses. A tecnologia de produção será transferida pela empresa privada Cristália, em um período de cinco anos. A empresa paulista também vai fornecer os insumos do remédio, que será vendido em caixas de dois e oito comprimidos revestidos de 0,5 mg, beneficiando, na Bahia, em torno de cinco mil pessoas.

O segundo medicamento a ser fabricado será o Sevelamer, usado no tratamento de insuficiência renal. A estimativa é que o laboratório obtenha licença da Anvisa até julho, iniciando a produção logo em seguida. Com isso, nove mil pacientes serão beneficiados no estado. Sevelamer será o primeiro medicamento com total fabricação local, incluindo os insumos básicos que serão fornecidos pela italiana ITF, instalada em Camaçari. Outros seis vão ser produzidos aqui: Everolimo e o Micofenolato Sódio, imunossupressores para transplantados; Etanercepte e Adalimumabe, para artrite reumatoide; Trastuzumabe, para o tratamento de câncer de mama; e a vacina alergênica, para imunoterapia de asma.

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