terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Operação Citrus é deflagrada com apreensões em prédios de luxo em Salvador

Deflagrada nas primeiras horas desta terça-feira (10), a operação Citrus cumpre 11 mandados de busca e apreensão em empresas, escritórios de contabilidade e residências em Salvador, Candeias e Santo Amaro. O objetivo é desarticular uma organização que vem cometendo fraudes fiscais no setor de fornecimento de refeições, com prejuízos ao Estado que já somam R$ 4,8 milhões.

A investigação começou há um ano, a partir de dados colhidos pela fiscalização da Sefaz, que levantou indícios de ocorrência de fraude na empresa JB Refeições Industriais Ltda. A empresa é ligada ao Grupo Bordoni, organização com laços familiares com participação em outras empresas, como uma locadora de veículos, uma prestadora de serviços de transporte e uma patrimonial.
Foto: Divulgação / Sefaz

Após a configuração dos crimes pelo inquérito policial, a operação Citrus busca obter documentos sonegados comprobatórios dos atos fraudulentos de simulação de cotas a sócios (‘laranjas’) que ocupam ficticiamente a condição de sócios na JB Refeições Industriais Ltda., com sede em Candeias, permitindo aos verdadeiros sócios eximir-se quanto às obrigações perante a Fazenda Pública Estadual.
Foto: Divulgação / Sefaz

Em decorrência dessas fraudes, a JB Refeições Industriais Ltda. apresenta um crescente volume de crédito tributário no âmbito estadual. Além disso, após a ação fiscal que resultou na constituição de crédito, foi detectada uma significativa redução no seu faturamento, demonstrando indícios de outras possíveis práticas de sonegação fiscal. Participam da operação, ao todo, 73 servidores estaduais ligados aos órgãos envolvidos na força-tarefa.

A operação resulta da ação articulada de uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por meio da Promotoria de Justiça Especializada em Combate à Sonegação Fiscal de Âmbito Regional, com sede em Camaçari, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular (Gaesf); Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz); Secretaria da Segurança Pública (SSP), através da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap); e Procuradoria Geral do Estado, pela Procuradoria Fiscal.

*Com informações da Secom e do Ministério Público da Bahia

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