A empresa Pensar Comunicação Planejada pediu, nesta quarta-feira (12), o encerramento do contrato que mantém com o PSDB desde 2009. A Pensar tem como um de seus sócios o jornalista Eduardo Guedes, réu no processo do mensalão tucano, que presta serviços de comunicação ao presidente do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG). A informação é da Folha de S. Paulo.
Em carta enviada ao comando nacional do PSDB, o presidente da empresa, Ivan Manso Guedes, afirma que o rompimento do contrato tem como objetivo evitar "constrangimentos" à direção do partido. "A nossa decisão decorre da constatação das notórias tentativas de utilizar fato ocorrido há 15 anos, em Minas Gerais, ainda sob o exame da justiça –portanto sem nenhuma conclusão– que envolve como acusado um dos nossos prestadores de serviços , o jornalista Eduardo Guedes, com claro intuito de criar indevidas suspeições e injustos constrangimentos à direção do partido", diz a carta.
Ivan Guedes também afirma que Eduardo Guedes, de quem é irmão, "aguarda a oportunidade de apresentar sua defesa" e está confiante de que será absolvido das acusações. O presidente da empresa diz, ainda, que desde 2009 não houve "qualquer alteração jurídica" na situação do jornalista.
Reportagem da Folha publicada nesta quarta-feira (12) mostrou que Aécio mantém Eduardo Guedes como um de seus principais assessores de confiança na área de comunicação.
No processo em que pede a condenação do ex-governador de Minas e atual deputado Eduardo Azeredo (PSDB) a 22 anos de prisão, a Procuradoria Geral da República diz que Guedes determinou à Copasa, a Comig e ao Bemge, órgãos estaduais, que dessem R$ 3,5 milhões (R$ 9 milhões nos valores de hoje) a SMP&B para patrocínio de evento esportivo. Segundo a Procuradoria, o dinheiro acabou sendo desviado pelo suposto esquema.
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