sábado, 25 de janeiro de 2014

"PRECISAMOS APRENDER A VALORIZAR A DEMOCRACIA" DIZ LULA

Num vídeo de 3 minutos e meio, o ex-presidente Lula lembra, neste sábado (25), a realização, há exatos 30 anos, do maior comício pelas Diretas Já, no país, que ocorreu na Praça da Sé, em São Paulo. Milhares de pessoas se juntaram ao ex-presidente Lula e a diversas personalidades da política e da classe artística para entoar o grito pelo direito ao voto.

Neste vídeo, o ex-presidente rememora este dia e também os outros comícios que marcaram época no que ele chama de “o maior movimento cívico na história dos 500 anos do Brasil”. Lula lembra também que mesmo com a derrota no Congresso Nacional, o movimento das Diretas Já foi o que conseguiu acabar com o regime militar que comandava o país.

Lula afirma ainda que se sente muito feliz de ter vivido e participado de todo o movimento das Diretas Já e ressalta que “nós precisamos aprender a valorizar a democracia”. "Foi exatamente a campanha das Diretas que conseguiu fazer com que a gente, mesmo através do colégio eleitoral, acabasse com o regime militar e elegesse o Tancredo (Neves) presidente da República - que não tomou posse, tomou posse o presidente Sarney, que era o vice dele, porque o Tancredo foi internado e morreu", descreveu o ex-presidente, falando sobre o movimento pelo direito ao voto.

"O dado concreto é que nós fizemos talvez a campanha mais extraordinária que esse País já conheceu, porque ela conseguiu unificar todo mundo, ela conseguiu unificar o movimento sindical todo, o movimento estudantil todo, muitos empresários, todos os partidos políticos - com exceção dos partidos de direita - e, na medida em que a campanha foi criando força, foi criando um incômodo para algumas pessoas, que preferiram fazer um acordo com os militares para uma transição pacífica do que fazer as eleições diretas para presidente", afirma Lula no vídeo.

"Precisamos aprender a valorizar a democracia. A democracia, em qualquer lugar do mundo, foi conquistada às custas de muita luta, de muito sacrifício, de muita morte. A democracia não foi de graça em nenhum lugar do mundo", diz.

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