Não se sabe se é estratégia, mas afirmação categórica do peemedebista Geddel Vieira Lima de que será candidato a governador ou será "candidato a nada" parece ganhar solidez. O Bahia 247 apurou nesta manhã que DEM e PSDB, em plano nacional, estão decididos a lançar o ex-governador Paulo Souto como cabeça da chapa na qual eles pretendem ter Geddel concorrendo ao Senado. Mas o ex-ministro garante que não aceitará candidatura a nenhum cargo senão o de governador da Bahia. Em nível local, o que se sabe é que ACM Neto está disposto a manter compromisso firmado com Geddel de lhe retribuir apoio que ele e o PMDB lhe deram no segundo turno da disputa pela Prefeitura de Salvador contra o petista Nelson Pelegrino em 2012. Mas em plano nacional, DEM e PSDB entendem que uma chapa puro sangue no quarto maior colégio eleitoral do País e maior do Nordeste, fortaleceria discurso do senador Aécio Neves, que disputará a presidência da República, em território 'inimigo'.
Inimigo porque é e sempre foi no Nordeste a votação mais expressiva do PT. Foi assim nas duas eleições de Lula e na de Dilma Rousseff em 2010. Chapa do gosto de Aécio Neves e do também senador José Agripino, presidente do DEM, é composta por Paulo Souto na cabeça, com o tucano João Gualberto (empresário e ex-prefeito de Mata de São João) como vice e Geddel para o Senado. Se, de fato, estiver disposto a bancar o rebelde, Geddel terá apenas duas opções: ser "candidato a nada", como ele próprio prometeu, ou adiar seu projeto pessoal contra o PT baiano e disputar o Senado pela chapa DEM-PSDB e possivelmente PMDB.
Embora o ex-ministro não cogite, pelo menos em público, porém, haveria uma terceira via. A de ele ser candidato a governador em chapa composta com os chamados partidos 'nanicos', a exemplo de PTC, PT do B, PPL, PRTB PEN etc., dos quais recebeu apoio no final de semana. Embora ACM Neto, o condutor do processo, afirme que definição deve sair somente depois do carnaval, no início de março, clima de mistério ronda a oposição baiana e é dada como forte nos bastidores possibilidade de anúncio da chapa ser feita até o fim da semana. O prefeito já estaria se convencendo de que não é viável esperar tanto para 'botar o bloco na rua' tendo em vista que o governo já o fez no final de novembro último.
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