A Secretaria de Saúde de Juazeiro em parceria com o Ministério da Saúde e o Governo Estadual encerraram nesta quinta-feira, 19, no Espaço Cultural ‘Canto de Tudo’, localizado na UNEB, a primeira etapa do curso de Educação Popular em Saúde para os agentes de endemias (ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS) de Juazeiro e região.
As atividades do curso foram finalizadas de forma descontraída, com muita música, apresentações de Roda de São Gonçalo, Cirandas, citações de Cordel e de poesias, além de trocas de vivências de cada comunidade. “Durante o curso destacamos a importância de respeitar o diferente, agregando informações e os saberes de cada local. Na ocasião, os grupos de profissionais de cada município mostraram como poderão contribuir com a saúde da população, através das vivências de cada local”, informou a pedagoga e mediadora, Clara Souza.
Para finalizar, Clara Souza informou que o curso foi uma possibilidade dos agentes mostrarem suas potencialidades através das dimensões populares, de forma que eles saiam da rotina de levar apenas palestras e possam também levar arte, cultura e novos saberes. “Cada grupo fez um resgate histórico das comunidades com pesquisas de campo e exibiram que os cuidados em saúde podem ser incentivados respeitando os saberes populares e a cultura de cada comunidade, fortalecendo o SUS e promovendo saúde e bem-estar para as pessoas. É necessário trabalhar a prevenção e promoção à saúde de acordo com os costumes de cada região”, afirmou.
Na opinião do agente comunitário de saúde de Lagoa do Boi, distrito de Pinhões, Rogério Leite da Silva, o curso atendeu suas expectativas. “Desde 1999 sou agente de saúde e aprendi através do trabalho educativo deste curso a observar melhor as crenças e costumes de cada comunidade. A Medicina natural tem seus limites, mas é importante e deve ser respeitada, tanto como os tratamentos tradicionais. Com o curso, estou reanimado e aprendi a lidar melhor com as terapias alternativas”, disse.
Para a agente de saúde de Sobradinho, Yildonay Costa, o momento foi propício para conhecer pessoas novas e trocar experiências. “Além de trazer informações levarei conhecimentos bons de cada comunidade, entendendo que o importante é cada um se sentir bem e viver com qualidade de vida. Eu comecei a enxergar que é necessário levar saúde, mas é bom também levar outros saberes culturais, estreitando relações. Aprendi muito e estou com ânimo novo, me sentindo uma profissional diferente”, considerou.
A capacitação foi uma organização da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ), Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde (SGEP/MS), a Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis (EFTS/BA) e o MobilizaSUS/Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (DGTES) da Superintendência de Recursos Humanos (SUPERH)/Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB).
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