sábado, 13 de julho de 2013

Fé e obediência: Nixon segue cartilha à risca para brilhar no Flamengo

A oratória impressiona. Com apenas 20 anos, Nixon domina um vocabulário incomum para jogadores de futebol. Fala pausada, contextualiza o que quer dizer e mostra firmeza. Entretanto, se uma palavra pudesse definir o personagem da semana do Flamengo esta seria foco. O caminho até a atuação de gala contra o ASA, quarta-feira, pela Copa do Brasil, com um gol e uma assistência com pouco mais de 30 minutos em campo começou em 2009. Mais precisamente no dia 5 de maio, quando chegou ao Rio vindo de Juazeiro, na Bahia, para o primeiro teste. A precisão na data é informação do próprio atacante, que valoriza e decora cada momento especial com a camisa rubro-negra.

Número de gols no juniores, data do primeiro treino como profissional, do primeiro gol, tudo isso é tratado com máxima relevância por Nixon para não perder o foco em seu objetivo: brilhar como jogador de futebol profissional. Certamente, a noite de 10 de julho de 2013, em Arapiraca, interior de Alagoas, fará parte da lista de um atleta que parece seguir à risca uma cartilha imaginária rumo ao sucesso. Nixon está feliz no Flamengo e projeta um futuro com muitas conquistas (Foto: Cahê Mota)

- Temos que sempre ter foco, trabalhar firme e sermos obedientes, descansar. Fazer tudo que a nossa profissão exige. Muitas vezes tem sacrifício, mas trabalhamos com nosso corpo. Se não trabalharmos o que é nosso, não tem como dar certo. Procuro guardar tudo aquilo que vivi. Muito da dedicação e até da oratória vêm da ligação de Nixon com a religião. Na verdade, com Deus, como o atacante faz questão de frisar. Ao lado de Léo Moura e Rafinha, ele forma o trio - pai, filho e espírito santo - no elenco do Flamengo. A crença é tão forte que o jovem já faz pregações no Rio de Janeiro e por isso se dedica aos estudos por um vocabulário mais extenso. De joelhos e com os braços erguidos para o céu, comemorou todos seus gols pelo Flamengo, como quem agradecesse cada conquista de um lema que garante levar consigo: 


 Sem luta não há vitória.
Religião, a exibição contra o ASA, planos para o futuro e até a relação com a Bahia e a cidade natal, Juazeiro - a mesma de Ivete Sangalo, Daniel Alves e João Gilberto - estiveram em pauta em bate-papo de quase meia-hora com o GLOBOESPORTE.COM à beira da piscina em um hotel em Maceió. Filho de ex-jogador, Nixon une a paixão pelo futebol e pela religião ao apontar Kaká e Léo Moura como inspirações, e sonha alto: deseja a Seleção e o futebol europeu ao longo da carreira.


Globo Esporte

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