Dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) mostram que a pesca é essencial para a sobrevivência e a segurança alimentar de cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Uma em cada cinco pessoas depende do peixe como principal fonte de proteína. Ao mesmo tempo, ainda segundo a FAO, 80% das espécies de peixes do mundo já foram exploradas ao máximo ou estão se esgotando.
A aquicultura é apontada como alternativa para a sobrepesca - e um dos maiores potenciais do mundo para o cultivo de peixes está no Brasil. O país tem condições, com o aproveitamento de apenas 0,5% da lâmina de água de lagos e reservatórios, de produzir mais de 20 milhões de toneladas de pescado por ano, segundo levantamento do Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA). A produção atual é de cerca de 500 mil toneladas, e um dos grandes desafios está na tecnologia de produção.
Na programação da viagem está, já no domingo (09), uma visita ao Centro de Alta Tecnologia em Produção de Algas Marinhas, que trabalha com a produção de vacinas para peixes, em Rehovot. Na segunda-feira, a comitiva estará no Kibutz Maoz Haim, no Vale de Beit-Shean, para conhecer uma fazenda de criação de trutas e de esturjão destinado à produção de caviar.
Na terça-feira serão visitados projetos de cultivo marinho. A comitiva conhecerá a produção em gaiolas no mar mediterrâneo. O dia seguinte está reservado para uma visita à Estação de Pesquisa em Aquicultura “Dor”, no Moshav Dor e para conhecer o “Dagon”, Centro de Criação de Peixes, no Kibutz Maagan Michael. A missão acontece a convite do ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural de Israel, Yair Shamir.
Centros da Codevasf têm R$ 14 milhões
A Codevasf tem investido seriamente nas áreas de aquicultura e piscicultura. Este ano, os Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura operados pela Companhia estão recebendo investimentos de R$ 14 milhões. Os recursos estão sendo destinados principalmente para reforma e ampliação das unidades, que têm como principal objetivo promover a revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
A expectativa é que os investimentos contribuam para o aumento da produção nos centros integrados nesse ano, o que possibilitará que passem a produzir cerca 15 milhões de alevinos. Em 2012, foram 11,7 milhões. Dentre as espécies nativas produzidas destacam-se matrinchã, dourado, surubim e piau; e as espécies exóticas, usadas na piscicultura comercial, tambaqui e tilápia.
A Companhia também espera triplicar o número de peixamentos realizados em relação ao ano passado – serão cerca de 100 peixamentos em 2013. A ação consiste no repovoamento do rio usando algumas espécies nativas de peixes da bacia do São Francisco, produzidas nos Centros Integrados. Por meio dessa iniciativa, a empresa busca a manutenção e o aumento dos estoques pesqueiros, garantindo o futuro da pesca e gerando renda para a população local.
Ao todo, são sete centros integrados, distribuídos nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. O Centro de Betume, em Neópolis/SE, receberá R$ 4 milhões para a segunda etapa de reforma e ampliação que deve iniciar em abril. Para a segunda etapa da obra, o Centro de Gorutuba, em Nova Porteirinha/MG, também deverá receber R$ 4 milhões; enquanto o Centro de Xique-Xique/BA, R$ 2 milhões. Em Porto Real do Colégio/AL, o recurso previsto para a terceira etapa da obra do Centro de Itiúba é de R$ 1 milhão.
Ascom Codevasf
Foto: José Luiz Oliveira/Codevasf
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