Tarifa: R$ 1,50, a mais barata das grandes cidades brasileiras.
Com a implantação real e efetiva de um verdadeiramente moderno sistema de ônibus urbanos, conectado com o metrô, o governador Agnelo dá provas de que é possível, com planejamento, praticar prioridades da sociedade. Não basta prometer nos palanques e reagir à última hora e sob pressão, como têm acontecido após as marchas nacionais por melhorias nos transportes urbanos, especialmente entre os ônibus. É preciso, como Agnelo, ter prioridade e decisão política.
Para implantar o sistema, o governador enfrentou e derrubou o duopólio, estabelecido ainda na década de 1950, entre as famílias Canhedo e Constantino, das companhias Viplan e Planeta. Elas dividiam as linhas entre si, oferecendo um dos piores serviços do Brasil.
No curso da abertura do processo internacional de licitação, Agnelo foi envolvido em tramas armadas pelo contraventor Carlinhos Cachoeira e o então senador Demóstenes Torres, que chegou a pedir formalmente o impeachment do governador petista. Agnelo, em razão do mesmo tipo de armação, precisou exonerar seu então secretário de Governo, Claudio Monteiro, para esclarecer denúncias falsas – Monteiro provou ter sido vítima da quadrilha e voltou ao governo com o responsável pelo Estádio Mané Garrincha.
A cada duas semanas, 20 novos ônibus vão entrar em circulação. Ao todo, serão 576 veículos na bacia 5. Os ônibus são joias de tecnologia. Com o sistema de radar e GPS, o motorista é informado com antecedência sobre o grau de cada curva e sua inclinação. As câmeras de segurança têm imagens gravadas, de modo a inibir pela presença e registrar, quando houver, ocorrências dentro do coletivo. O ar condicionado era uma antiga aspiração da população. Mas em Brasília, repita-se, a licitação foi feita antes das manifestações por transporte melhor.
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