quinta-feira, 16 de maio de 2013

BEZERRA: NORDESTE NÃO TEM ONDE ARMAZENAR MILHO

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, afirma que a deficiência do Nordeste em armazéns de milho prejudica o repasse dos grãos para alimentar o rebanho das regiões afetadas pela seca. Ele citou a Bahia em encontro com jornalistas do Nordeste como o estado onde a situação é pior.

"Você exporta milho e quando você o traz para o Nordeste não tem onde guardá-lo. Não faz sentido ter os armazéns nas áreas que você produz. Você tem que ter armazéns nas áreas onde o milho será consumido. No primeiro estado que recebeu o milho, a Bahia, cerca de 25 mil toneladas, os caminhões passavam dez dias no ponto de distribuição para descarregar o milho, porque não tinha armazéns para receber e distribuir. Essas são fragilidades que merecem uma crítica. Temos que ter uma visão crítica e a montagem da estrutura de logística tem que ser uma coisa imperativa, porque não tem".

O secretário da Agricultura da Bahia (Seagri), Eduardo Salles, por outro lado, responsabiliza, ainda que indiretamente, o governo federal pela falta de galpões para armazenamento adequado do milho.

"Na verdade são duas falhas. Uma é um armazém, já prometido pela presidente Dilma para o município de Luis Eduardo Magalhães, [com capacidade] de 100 mil toneladas. Esse armazém seria uma espécie de 'pulmão', que receberia a safra e a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] compraria na época de preço barato e venderia na época do preço caro. Como nós não tínhamos um armazém que recebesse a safra, infelizmente, esse milho foi parar em armazéns do Centro-Oeste, no Mato Grosso, Goiás, e o retorno era inviável porque as carretas não se interessavam em vir logisticamente, enquanto existiam demandas lá", disse o secretário em entrevista ao Bahia Notícias.

Contudo, Salles afirma que apesar das dificuldades, o problema da falta de milho já foi resolvido para os produtores atingidos pela seca na Bahia.

"Nós ligamos para cada um dos prefeitos e conseguimos ampliar de cinco para 23 polos de distribuição de milho e isso tem feito com que os municípios do semiárido baiano não fiquem mais do que 200 km de distância do produto que é vendido a balcão. Inclusive, a gente anuncia que os produtores procurem a Conab para fazer o cadastro e pegar o milho. Já normalizamos e estamos hoje com os armazéns da Bahia cheios de milho".


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