Levando a experiência brasileira do bolsa-família para a África, Lula disse que "é plenamente possível garantir que todo ser humano de qualquer lugar do mundo possa comer três vezes ao dia". Basta, segundo ele, "um pouco de dinheiro na mão das pessoas". O ex-presidente atribuiu o sucesso do programa brasileiro de combate à fome e à pobreza a um cadastro eficiente. "O dinheiro tem que chegar diretamente às pessoas, sem passar por intermediários. O cadastro é a razão do sucesso das nossas políticas para os pobres e o pobre recebe um cartão magnético. Nenhum vereador, nenhum deputado, nenhum governador e nem o presidente da República sabe quem tá recebendo. Assim, o pobre não deve favor ao governante".
Outro fator importante, segundo ele, foi a entrega dos cartões às mulheres, e não aos homens chefes de família. "A mulher é mais responsável, enquanto o homem poderia querer tomar uma cervejinha. Ele tem o direito, mas não com esse dinheiro", afirmou. Lula disse ainda que, mesmo nos programas habitacionais, a escritura deve ser feita preferencialmente em nome das mulheres.
Lula falou também sobre sua rotina como ex-presidente e se comparou, bem humorado, a um "vaso chinês". Disse que, por isso mesmo, tem que procurar o que fazer para não atrapalhar sua sucessora Dilma Rousseff. Em relação ao câncer na garganta, ele disse que ela seca rapidamente e que tem que tomar mais água do que de costume. "Poderia querer tomar outras coisas, mas não posso".
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