quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

JOÃO DA COSTA SECRETÁRIO? E COMO FICA O CLIMA NO PT?


O ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT), pode integrar o secretariado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Nos bastidores, a informação é que o petista estaria sendo cogitado para assumir a secretaria estadual de Agricultura e Reforma Agrária. O atual secretário, Ranilson Ramos (PSB), deve ser indicado para uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) por causa da aposentadoria compulsória do conselheiro Romário Dias, prestes a fazer 70 anos de idade. O secretário nega a possibilidade e diz que tudo não passa de especulação.
O petista integra a corrente Mensagem ao Partido, que tem aproximação com o PSB, e tal ligação explicaria a possibilidade de João da Costa vir a fazer parte do secretariado de Eduardo Campos. Dessa forma, o PT passaria a ocupar três pastas no Governo do Estado, pois já detém a de transportes, comandada por Isaltino Nascimento, e a de Cultura, com Fernando Duarte.
Outro fator que reforçaria a ida de João da Costa ao time do governador foi a impugnação da candidatura do ex-prefeito em junho do ano passado. O então chefe do Executivo municipal disputou uma prévia partidária com o então deputado federal Maurício Rands. Mas a Executiva Nacional do partido resolveu cancelar a disputa, alegando a existência de  fraudes nas votações em favor de João da Costa. O clima interno ficou insustentável e chegou até aos ataques pessoais.
Dessa forma, a cúpula nacional do PT entendeu que o melhor caminho para deixar o partido forte nas eleições municipais seria apresentar o nome do senador Humberto Costa, que estabeleceria o consenso interno. Mas isso não aconteceu. João da Costa não apoiou o parlamentar, da tendência Construindo Um Novo Brasil (CNB), durante a campanha.
Como não apoiou Humberto Costa, o ex-prefeito ganhou mais um desafeto político. O outro é o seu antecessor, João Paulo, da corrente Articulação de Esquerda (AE), e que foi vice do senador nas eleições do ano passado. Os “Joões” não se falam por motivos até hoje não totalmente esclarecidos.
O fato é que a ida de João da Costa para o Governo Eduardo Campos, em tese, reforçará ainda mais as “sequelas”, o sentimento de “repúdio” entre os integrantes do PT que apoiam o ex-prefeito e aqueles que estiveram ao lado de Humberto Costa e João Paulo. Em consequência, a união interna pode ficar mais difícil para o Partido dos Trabalhadores do Recife.
O secretário Ranilson Ramos afirmou que a sua saída do governo e a possibilidade de João da Costa é apenas uma especulação. “Não acredito que João da Costa não vá nem para o governo. Ele vai preparar o retorno político dele, ver qual é o seu caminho”, disse Ramos. Para o dirigente, o governo também não está interessado em ter o ex-prefeito à frente de uma pasta. “Não acredito nem que o governo pense nisso”, acrescentou.
Sobre a sua possível ida ao TCU, Ramos afirma que cabe à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tomar alguma posição. “A assembleia é que vai se posicionar no momento em que o Romário (Dias) se aposentar”, declarou o socialista, que também é secretário geral do PSB de Pernambuco.
Procurado, o presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, que apoiou João da Costa na prévia de 2012. Porém, o dirigente informou que não vai se pronunciar sobre o impacto da possível ida do ex-prefeito ao secretariado de Eduardo Campos porque ainda não tem conhecimento sobre o assunto. A reportagem não conseguiu localizar o presidente estadual do PSB e atual secretário de Governo da Prefeitura do Recife, Sileno Guedes.
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