Com esse revés, ele ficou menos forte, internamente, para brigar com o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, que estaria sendo trabalhado pelo governador para disputar a sua sucessão. O ministro não lhe faz restrições. Mas poderia alegar no fórum decisório que tem mais rodagem do que ele para assumir o governo estadual. Em caso de preterição, brigaria pela vaga de senador. Mas isso também não seria fácil porque a vaga teria sido prometida a Jarbas Vasconcelos na eleição de 2012.
Sem a garantia, portanto, de que seria candidato a governador ou ao Senado pelo PSB, eis que lhe aparece uma alternativa: disputar o governo pelo PT com o apoio de Lula/Dilma se Eduardo for mesmo candidato ao Palácio do Planalto. O ministro tem histórico de pragmatismo. Deixou Roberto Magalhães em 86 para aliar-se a Arraes, deixou Arraes em 2002 para aliar-se a Jarbas e deixou Jarbas em 2006 para aliar-se a Eduardo. Uma troca a mais ou a menos não faz diferença em seu currículo.
O ministro Fernando Bezerra foi uma das estrelas do seminário que o PSB fez em Gravatá, na semana passada, para todos os prefeitos pernambucanos. E em seu discurso de 20 minutos ele exaltou muito mais o governo da presidente Dilma do que o de Eduardo Campos.
Partidários do ministro da Integração já traçam o seguinte cenário para as eleições de 2014: com ele no páreo pelo PT, o senador Armando Monteiro pelo PTB e o candidato do governador, inevitavelmente haveria dois turnos “e o 2º turno é uma nova eleição”.
Novo mandachuva do PT de Petrolina, o deputado Odacy Amorim não faz nenhum tipo de restrição à entrada de Fernando Bezerra no partido. Ele foi o vice dele quando o atual ministro elegeu-se prefeito pela 3ª vez (2004) e conhece bem o seu estilo de trabalho. Já a deputada Isabel Cristina também não o veta porque foi vice dele no 2º mandato (2001-2004).
Já o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo receberiam de braços abertos o ministro Fernando Bezerra Coelho no PT porque nenhum dos dois tem interesse em disputar o governo estadual em 2014 contra o candidato de Eduardo Campos. Caso essa hipótese se confirme, o ministro vai exigir que o ex-prefeito do Recife seja o seu candidato a senador.
De Inaldo
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