domingo, 18 de novembro de 2012

Governo pretende retirar 16 milhões de brasileiros da extrema pobreza

O aumento na criação de centros é uma das estratégias do governo federal para retirar 16 milhões de brasileiros da extrema pobreza. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), há cerca de 300 mil pessoas em situação de rua atualmente no País. A unidade deve funcionar como um espaço para o convívio em grupo, social e o desenvolvimento de relações de solidariedade, afetividade e respeito. Nos centros, os moradores de rua devem ter vivências para o alcance da autonomia e estímulo à organização, mobilização e participação social.
Os Centros POP são construídos em lugares de fácil acesso e funcionam cinco dias por semanas, oito horas por dia. Cada unidade tem sala de atendimento individualizado, familiar ou em pequenos grupos; salas para atividades coletivas; cozinha, refeitório e lavanderia; banheiros masculinos e femininos com banheiros e adaptados para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, além de armários individualizados. O MDS recomenda que cada centro de acolhimento tenha equipe com capacidade de até 80 famílias ou indivíduos. Para isso, é necessário um coordenador, dois assistentes sociais, dois psicólogos, um técnico de nível superior, preferencialmente com formação em Direito, Pedagogia, Antropologia, Sociologia, Arte-educação, Terapia Ocupacional; quatro profissionais para a realização de oficinas socioeducativas, e dois auxiliares administrativos.
Brasília
Marcos Santos, 33 anos, morador de Brasília, frequenta o Centro POP da capital, inaugurado há três meses. Ele chega às 9h, passa pela recepção, recebe um kit banho (toalha de banho, escova de dente, pasta de dente, desodorante, sabonete e barbeador) e um vale lanche (fruta, suco, e alimentos com carboidrato e proteína). Depois, passa por acompanhamento individual e escolhe quais atividades deseja fazer durante o dia. “Tomar banho todo dia é bom demais. Eu ficava uma semana sem tomar banho. Passava e as pessoas sentiam medo. Agora, elas pessoas dizem que mudei muito e querem me ajudar.” Arrumar emprego fixo e ter uma moradia é o projeto de David Cavalcante, 26, que vive em situação de rua há 18 anos e também frequenta o Centro POP de Brasília. Ele já vislumbra um futuro melhor. “Quero ter minha casa, meu emprego, minha esposa e ajudar minha família.”
Resgatar a autoestima dessa população, com a retomada dos seus projetos de vida e sonhos, é uma das propostas do Centro POP, que encaminha as pessoas aos programas do governo federal. “Ao inseri-las nas políticas públicas, além de resgatar direitos que foram violados e retomar projetos, você está viabilizando o acesso à renda, aos serviços públicos e incentivando a capacidade de produção, na relação com o mercado. Isso promove a inclusão social e econômica sustentável”, assinala a secretária nacional de Assistência Social do MDS, Denise Colin.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome E Brasil Sem Miséria

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