segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Petrolina - Equipe do Samu informa sobre carta de demissão enviada pela prefeitura



Em carta aberta à população de Petrolina, a equipe que integra o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informa sobre a carta de demissão enviada pela prefeitura municipal aos profissionais que já tinham sido demitidos informalmente. 

Na carta, a equipe reforça as críticas à atual gestão, que repercutiram na imprensa local nos últimos dias, e voltou a ressaltar que a população ficará sem o serviço da UTI Móvel do Samu, destinada a atendimentos de emergência na cidade. 

Confiram a carta, na íntegra: 
Até quando a gestão pública de Petrolina vai virar as costas para a saúde do povo? Quantos dos nossos cidadãos vão precisar perder suas vidas para que a prefeitura possa olhar com atenção a questão do Serviço Móvel de Urgência da cidade? Os problemas referentes ao Serviço Atendimento Móveis de Urgência (SAMU), em Petrolina, não é uma novidade. A falta de condições de trabalho marca a recente história do serviço. 

Embora o município receba verbas do Ministério da Saúde para manter quatro Unidades de Suportes Básicos (USB), a gestão municipal não cumpriu essa ação, salvo na época da inspeção do ministério. Essa falta de zelo com o dinheiro público é uma das provas do descaso da gestão pública com o SAMU e com a população.
Nos últimos três meses, a situação se agravou ainda mais com a manutenção mecânica das ambulâncias. A realização do serviço, por momentos, era prestado por uma só unidade, a Unidade Suporte Avançado (USA) – UTI Móvel. Mesmo com todas essas adversidades, o serviço era prestado da melhor maneira possível, mas, no dia 09 de novembro, os profissionais foram pegos de surpresa com a informação da demissão de oito médicos, quatro enfermeiros e a desativação da UTI Móvel. Petrolina ficaria sem o mais importante serviços médicos prestados pelo SAMU.
Na reunião com a secretária de Saúde do Município, a gestora deixou claro que o SAMU é um ’problema’ e que, para equilibrar as contas do município, em consonância à Lei de Responsabilidade Fiscal, os profissionais deveriam ‘dar um jeitinho’ até janeiro, mesmo depois de ouvir todos os argumentos apresentados de que não seria viável o município ficar sem o serviço da UTI Móvel.
Em defesa das finanças, a gestão está descuidando das pessoas.
Com a carta de demissão, emitida nesta sexta-feira, 16, e a desativação do serviço da UTI Móvel, a população não terá o serviço de urgência mais importante no atendimento do paciente em risco iminente de morte. Vale salientar, que, segundo a portaria do Ministério da Saúde, o município de Petrolina é obrigado a manter uma UTI Móvel que pode ser equipada em qualquer uma das ambulâncias do SAMU. Neste sábado, 17, a prefeitura colocou quatro ambulâncias básicas para atuar na cidade, logo existe a possibilidade de usar uma delas para montar a Unidade Avançada. Reiteramos que continuaremos na luta em defesa da vida e na defesa do povo de Petrolina. Convidamos a toda sociedade civil organizada para que juntos possamos encontrar uma saída para essa situação.
Samu/Petrolina

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