Ao contrário do PDT, que já mandou recados ao governador Jaques Wagner (PT) de que reivindicará mais espaços na suposta reforma do governo, a partir de janeiro, outros partidos aliados preferem aguardar, “sem pressão”, o momento certo de dialogarem sobre a questão.
O presidente do PCdoB baiano, deputado federal Daniel Almeida, foi mais enfático ao dizer que o PCdoB “não tem nenhum pleito a fazer ao governador”. “Temos, sim, o compromisso de ajudá-lo para que o seu projeto seja cada vez mais forte na Bahia. O governador saberá no momento certo conduzir de forma adequada o seu governo. Essa coisa de espaços maiores ou menores sempre surge depois de uma eleição, porém o mais importante é todos nós termos compromisso. A política não é só um ajuntamento de siglas. Se fosse, teríamos ganhado em Salvador”, disse se referindo à última disputa em que o PT teve 14 aliados na corrida à prefeitura.
Mesmo com a conquista de prefeituras “estratégicas”, como Lauro de Freitas, Ilhéus, Jequié, Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, o PP não deve seguir o parâmetro do crescimento nas urnas para ampliar os cargos no governo. Pelo menos é o que diz o deputado estadual, Mário Negromonte Jr., que pondera ao dizer que as eleições acabaram recentemente, não sendo esse o momento para tratar de reivindicações.
Entretanto, sinaliza que o partido está à disposição caso seja necessário.
“Temos grandes quadros, mas quem tem a caneta é o governador. O PP não quer colocar a faca em seu pescoço”, disse. Com uma base estadual ampla, o governo ainda pode ser cobrado pelos anseios do PSB da senadora Lídice da Mata, do PTB do deputado Antonio Brito, do PRB do deputado federal Márcio Marinho e do PR do ex-senador César Borges.
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