segunda-feira, 21 de maio de 2012

Pinheiro defende CPI de acusações de blindagem a governadores

O senador Walter Pinheiro (PT) classificou como diferente das demais a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do caso Cachoeira e defendeu o colegiado das críticas recebidas quanto à blindagem feita aos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Na última semana, a comissão decidiu não convidar nenhum dos três para prestar depoimento. 


“Se acharmos algo contra, algum elemento para isso, eu não tenho por que chamar governador para ouvir. Tenho que meter no STJ [Superior Tribunal de Justiça]”, opinou nesta segunda-feira (21) em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM. Ao comentar as características da CPI, o líder do PT no Senado comparou a atual investigação com apurações feitas anteriormente.


“Nas outras, a gente começava para prender. Nessa, o principal ator está preso. Nas outras, a gente buscava informações. Nessa, há muitas informações coletadas pela Polícia Federal nas Operações Vegas e Monte Carlo”, avaliou. Pinheiro falou ainda sobre a comentada relação entre o jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja, e o contraventor Carlinhos Cachoeira, que foi sua fonte para diversas reportagens. “Não há problema em buscar informações.


Mas até que ponto o jornalista pode ajudar essa fonte a ganhar mais espaços? Eu não acredito que a relação de Cachoeira com Policarpo fosse de dinheiro, mas de poder”, opinou Pinheiro. Apesar de levantar suspeitas sobre a conduta do profissional, o petista defendeu que o dono da Editora Abril não precisa prestar depoimento. “Essa é minha divergência com o senador [Fernando] Collor. Ele quer que [Roberto] Civita vá depor”, comentou.

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