Os produtores de uva do Vale do São Francisco, no norte da Bahia, estão conseguindo melhorar as vendas para o exterior. Isso decorre do programa de certificação executado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), dentro do Programa de Fortalecimento da Atividade Empresarial (Progredir). São beneficiados os produtores da Cooperativa de Agricultores de Juazeiro (CAJ), por meio das redes CAJ I, CAJ II e CAJ III, e mais a Fazenda Rede Special, de Juazeiro.
A consultora de certificação da CAJ, que está acompanhando os trabalhos, Luana Carvalho, disse que ao final do processo de certificação cada cooperativa recebe numeração na caixa da uva. "Os países importadores exigem esse tipo de certificação para aceitar a fruta brasileira. A auditoria faz uma análise minuciosa de toda a produção, verificando a estrutura da fazenda, os equipamentos de proteção individual dos trabalhadores e a limpeza do packing house."
Prazo – Caso algum item não esteja em conformidade, o produtor tem o prazo de 28 dias para fazer as correções. Luana destacou que um dos itens mais recorrentes é a falta de controle de estoque dos defensivos agrícolas. "É um processo constante de melhoria, e os países exigem sempre novas certificações para aceitar a uva produzida na região do Vale do São Francisco". Segundo ela, a produção baiana é vendida para países como Estados Unidos, Inglaterra, Holanda e Alemanha, e a maioria deles só quer uva sem semente.
Na opinião do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera, o trabalho de certificação garante a qualidade da fruta produzida na Bahia, abrindo novos mercados para nossos produtos. "O consumidor está cada vez mais exigente, e essa certificação força o produtor a seguir as normas internacionais de qualidade, o que beneficia a todos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário