sábado, 21 de abril de 2012

Brasil é o 9º no mundo em transparência fiscal

Desde a redemocratização, o Brasil tem avançado muito no aperfeiçoamento dos mecanismos de transparência e controle dos gastos públicos, o que aprimora a qualidade e a implementação de políticas públicas e fiscais no País. Com isso, o Brasil já ocupa o 9º lugar num ranking de 87 nações, conforme medição feita pelo International Budget Partnership (IBP).
Plano de gastos do governo federal permite que o cidadão acompanhe e fiscalize o orçamento público anual.
Este dado foi anunciado pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na Conferência da Parceria do Governo Aberto, que marca também a primeira reunião no Brasil da Iniciativa Global para Transparência Fiscal (Gift, na sigla em inglês). A conferência foi iniciada na quinta-feira (19), em Brasília, e acontece até esta sexta (20).
Para a ministra, grande parte dessa boa posição de nosso País se deve aos instrumentos institucionalizados por meio dos quais o orçamento federal se realiza: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
O ranking foi divulgado pelo  Índice de Transparência de Orçamento Aberto – criado pelo IBP – e mede o grau de acesso que cada governo dá ao público de informações completas contidas em oito documentos orçamentários chave.
A ministra enumerou diversas iniciativas que vêm sendo adotadas para disseminar as informações fiscais, como a publicação mensal de estatísticas na internet; a divulgação sistemática dos relatórios de execução orçamentária e da dívida pública federal; e, a cada dois meses, do relatório de receitas e despesas.
Miriam destacou, particularmente, o que considera um avanço substancial: a aprovação da Lei de Acesso às Informações Públicas. Para ela, este é um “passo histórico para garantir a transparênciaem nosso País, pois, com ela, todos os brasileiros poderão consultar documentos e informações produzidos pela administração pública”. A lei vale para os três poderes e entra em vigor no dia 16 de maio.
Mesmo com o resultado positivo, o Brasil, segundo a ministra, não se acomodará. Miriam acredita que ainda há grande espaço para aperfeiçoamentos, principalmente na simplificação das informações disponibilizadas aos cidadãos. “E estamos trabalhando muito para isso”, disse.
Jorge Hage
A Gift é uma rede organizada ao redor do mundo – com programa de ação em torno de quatro grupos de trabalho – que busca institucionalizar normas globais de transparência fiscal mediante o engajamento e a responsabilização dos países. Reúne governos, organizações internacionais, fundações e organizações da sociedade civil.
No Brasil, o comissário-líder (designação do órgão governamental engajado no programa de ação) da Gift é a Controladoria-Geral da União. Seu titular, o ministro Jorge Hage, ao elogiar a iniciativa, defendeu que ela alcance também as instituições financeiras internacionais, que, sem dúvida, precisam aumentar seu grau de transparência.
“Acho que podemos chegar, pelo debate no mais alto nível e com o que há de mais avançado no mundo em termos de tecnologia, ao estabelecimento de normas consensuais sobre esse tema”, salientou Hage.

Fonte: Ministério do Planejamento

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