quinta-feira, 8 de março de 2012

Dave Grohl fala com exclusividade à Rolling Stone Brasil

Na capa da edição de março, o líder do Foo Fighters revela o motivo do cancelamento de parte da turnê asiática da banda

A vida de Dave Grohl poderia ser muito mais fácil. Porém, algo o estimula a dificultar as coisas. Tem sido assim já há bastante tempo. Até 1994, Grohl, então com 25 anos, era “apenas” o baterista do Nirvana, a atração musical mais intensa, controversa e revolucionária da década. Naquele 5 de abril, o suicídio de Kurt Cobain encerrou a banda de modo brusco, e Grohl se viu repentinamente desamparado: sem o amigo, sem o grupo que o tirou do anonimato, sem energia para prosseguir na música. Após o luto, a chance de se restabelecer como baterista de apoio de artistas já consagrados surgia como o caminho fácil e natural. A rota difícil – liderar uma nova banda e ser o vocalista e principal compositor – se mostrava improvável demais para dar certo. Naturalmente, Grohl optou pelo caminho mais nebuloso.
“O que eu estou tentando provar? O que eu estou fazendo? É que eu simplesmente não consigo evitar!”, Grohl questiona a si próprio sobre a assumida obsessão pelo trabalho árduo. De certa forma, todos os riscos tomados ao longo dos últimos anos compensaram. Hoje, aos 43 anos, ele se encontra mais no topo do que nunca. Wasting Light (2011), oitavo álbum de estúdio frente ao Foo Fighters, liderou paradas pelo mundo, rendeu prêmios da indústria (cinco troféus Grammy) e contribuiu para oficializar Grohl como o último defensor do rock and roll, paladino e porta-voz oficial da causa da música feita com guitarras e livre de “nefastas influências digitais”.
Em meio a esse turbilhão e prestes a retornar ao Brasil – mais de dez anos depois do show do Foo Fighters no Rock in Rio III – Dave Grohl falou com exclusividade à Rolling Stone Brasil, e revelou o motivo pelo qual a banda cancelou, recentemente, shows em Cingapura e no Japão. “Tenho um cisto na minha garganta já há um ano. Só que eu vinha evitando mexer nele”, contou Grohl. Na matéria de capa da edição de março, nas bancas a partir da próxima segunda, 12, ele também relembrou a mítica passagem do Nirvana pelo Brasil, em 1993, divagou sobre seu futuro na música e constatou, em meio à avalanche de elogios e parcerias (incluindo uma com Paul McCartney no palco do Grammy 2012) após o sucesso de Wasting Light: “Se tudo acabasse hoje, eu seria o cara mais feliz do mundo.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário