sábado, 5 de julho de 2014

Obra da Codevasf leva água a 22 mil moradores do semiárido baiano

Cerca de 22 mil moradores de sete agrovilas em Serra do Ramalho, semiárido baiano, já começam a receber água tratada nas torneiras de suas casas. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) concluiu as obras do sistema que abastece 4.433 casas – um investimento de R$ 32 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O sistema é composto de 13 estações elevatórias, 102 quilômetros de adutoras, uma estação de tratamento com capacidade para tratar 260 metros cúbicos de água a cada hora, reservatório de água tratada de 200 mil litros, além das 4.433 ligações domiciliares.

O sistema é composto por uma estação principal de captação, três estações secundárias de recalque e nove estações de bombeamento para as caixas d’água que distribuem a água até as residências das agrovilas. A captação principal localiza-se na margem esquerda do rio São Francisco, na altura do povoado de Mariápolis, a 40 km de Bom Jesus da Lapa. “O projeto implantado garante água em quantidade e qualidade, evitando doenças de veiculação hídrica e garantindo mais saúde para a população”, afirma o engenheiro e assessor da Codevasf Valdiney Amorim.

“Vai melhorar, e muito, a qualidade de vida dessa população, que hoje busca água em poços artesianos e vai passar a ter acesso a água potável”, afirma o secretário de Infraestrutura do município, Elias Santos. De acordo com Santos, a água salobra dos poços obrigava a população a comprar água para o consumo da família.

O município de Serra do Ramalho é constituído por 20 agrovilas, que nasceram no final da década de 1970 com a chegada de parte da população que deixou a região inundada pelo Lago de Sobradinho, formado pela Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (CHESF) com a construção da Barragem de Sobradinho – cerca de 60% dos 31 mil habitantes do município serão beneficiados pelo sistema de abastecimento de água construído pela Codevasf.

Mais de 72 mil pessoas foram deslocadas à época, e quatro cidades tiveram novas sedes construídas: Casa Nova, Sento Sé, Remanso e Pilão Arcado. O Projeto Especial de Colonização de Serra do Ramalho recebeu inicialmente quatro mil pessoas. Hoje – de acordo com Elias Santos, secretário de Infraestrutura – os moradores da área vivem da pecuária e da cultura de grãos (milho, feijão e mamona).

“Aqui na Agrovila II o tratamento da água era precário. Nossa água não tinha tratamento e graças a Deus agora nós temos uma água tratada e de boa qualidade. Antes nós tínhamos muitos problemas com doenças e agora vai ser bem mais fácil de viver e cuidar dos nossos filhos. Está todo mundo feliz”, diz a moradora Cleuta Duarte Silva.

“Nós estamos realizando um sonho, que é ver cada mãe de família, cada criança, jovem com água em casa. Água é o bem mais precioso que nós temos e mais preciosa ela fica no momento em que ela vai ficando escassa. Nós esperamos que a população possa nos ajudar, regulando o uso e fazendo o uso consciente desse importante bem”, afirma o prefeito de Serra do Ramalho, Deoclides Magalhães. 

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