segunda-feira, 21 de abril de 2014

LUIZ ARGOLA (SDD) É CITADO COMO PARTICIPANTE DE UM "ESQUEMA DE PEDÁGIO PARA NEGÓCIOS COM A PETROBRAS"

O deputado federal baiano Luiz Argôlo (SDD) foi citado mais uma vez pela revista Veja desta semana. Segundo a Veja, Luiz Argôlo tem envolvimento direto com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que também prendeu o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

A revista transcreve diálogos entre o doleiro Youssef e seu interlocutor, na matéria relacionada com a sigla LA, que indica ser o parlamentar baiano. Enquanto esteve no PP Luíz Argolo era muito próximo de figuras proeminentes como o deputado e ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte. Negromonete também nega qualquer vínculo com o doleiro mas tinha um irmão que visitava com frequência, de acordo com Veja, a casa de câmbio de Yousseff. Adarico Negromonte disse ter ido apenas uma vez à casa de Yousseff para pedir emprego. O mesmo LA citado na reportagem pede para entregar uma "encomenda" sacada de um banco no endereço do deputado. A relação financeira entre LA e o doleiro é intensa. "Tem uns pagamentos pra serem feitos. Posso passar?", questiona. "Passa", reponde o doleiro. LA então passa os valores e as contas para que Yousseff fizesse os depósitos: R$13,500, para uma loja de decoração, em Salvador e R$40 mil para uma agropecuária em Entre Rios, cidade de Luíz Argôlo. Em um outra transação, LA recebe 25 cadeiras de rodas e 25 óculos para serem doados em Alagoinhas, cidade que, de acordo com a reportagem da Veja, é reduto eleitoral de Luiz Argôlo. Na página 46, Veja afirma que recursos do doleiro foram entregues no apartamento funcional do deputado na capital federal. O endereço onde deveria ser entregue o dinheiro, segundo LA, é o 302 N, Bloco H, Ap 603. De acordo com a reportgem de Veja, neste endereço mora o deputado Luíz Argolo. O deputado negou envolvimento com o esquema. Luíz Argolo disse que só viu Yousseff uma única vez, em um jantar do partido.

Operação Lava Jato
A Polícia Federal (PF) investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, e indiciou 46 pessoas, entre elas o ex-diretor da área de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef, acusado de ser um dos líderes do negócio. Ao todo, 15 pessoas ligadas ao esquema estão presas. De acordo com a PF, o esquema movimentou cerca de R$ 10 bilhões em operações ilegais e envolvia prestadoras de serviço que tinham contrato com a Petrobras. Segundo as investigações, os fornecedores fechavam negócio e depois repassavam dinheiro às empresas criadas pelo doleiro. Uma delas, a MO Consultoria, que seria de Youssef, que movimentou R$ 90 milhões entre 2009 e 2013. A propina, de acordo com a polícia, era distribuída para Costa, políticos e partidos.

Bahia Notícias

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