Um italiano matou a mulher e a filha de três anos na segunda-feira (21), na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro. Em seguida, Enrico Telece, de 58 anos, atirou contra a própria cabeça. Ee foi levado para o hospital Souza Aguiar, no centro.
A polícia chegou à casa da família instantes após o crime. Vizinhos pediram socorro após ouvirem tiros. No imóvel, o agentes encontraram muitas armas. Há suspeita de que o estrangeiro faça parte de um esquema de tráfico de armas. Uma das hipóteses levantadas inicialmente é a de que o homem teria perdido o controle em razão de uma crise financeira vivida pela família. Apesar disso, nenhuma outra hipótese foi descartada.
A Divisão de Homicídios aguarda pela recuperação de Enrico para poder ouvi-lo e evoluir na investigação.
Italiano tinha 71 armas em seu nome
Italiano Enrico Telese, de 58 anos, tinha registradas em seu nome 71 armas de fogo. Um arsenal composto por carabinas, pistolas e revólveres, segundo informou o diretor da Divisão de Homicídios (DH), delegado Rivaldo Barbosa.
No imóvel onde a família vivia, entretanto, os agentes da DH encontraram apenas uma pistola calibre 32, que foi usada pelo estrangeiro para praticar o crime. Alertados pelo barulho dos disparos ouvido após uma briga entre o casal, vizinhos acionaram policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacaré. Assim que os PMs chegaram à casa encontraram Denise de Almeida Rodrigues, de 29 anos, e a filha Marina Telese, de 3, mortas, cada uma, com um tiro na cabeça.
Enrico, que tentou suicídio atirando na cabeça, foi encontrado com vida e levado sob custódia ao Hospital Souza Aguiar, no Centro. Submetido a cirurgia, ele permanece internado em estado grave. De acordo com o delegado Rivaldo Barbosa, a principal versão investigada é a de crime passional:
— Contudo, ainda não vamos descartar nenhuma outra hipótese — disse o diretor da DH.
Rivaldo Barbosa enviou ofício ao Exército, que faz o controle de coleções de armas para saber onde o estrangeiro mantinha seu arsenal acautelado em algum depósito. A polícia também quer esclarecer como Enrico sustentava a família, pois ele estaria desempregado.
— Estamos apurando junto à Polícia Federal a situação do estrangeiro no país e também vamos solicitar informações sobre ele no consulado da Itália. Precisamos esclarecer se de fato Enrico era colecionar e onde essas armas estão — disse.
A polícia também vai ouvir integrantes da família de Denise para saber como e a quanto tempo ela conheceu o estrangeiro.
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