sábado, 9 de novembro de 2013

PROPINAS CHEGAVAM A 9% DO VALOR DOS CONTRATOS

Duas testemunhas revelaram valores das transações ilícitas em contratos de governos tucanos, desde a gestão de Mario Covas, no sistema metroferroviário de São Paulo. Em depoimento revelado pelo juiz federal Marcelo Costenaro Cavali, os dois funcionários das empresas acusadas do cartel disseram que Siemens, Alstom, entre outras, pagavam propinas de até a 9% do valor dos contratos firmados com o governo paulista.

O ex-diretor de Operações da CPTM João Roberto Zaniboni, no cargo entre abril de 1999 e maio de 2003, assinou 17 contratos com companhias investigadas por participação no cartel. Em valores atualizados, esses contratos somam R$ 2,4 bilhões, o que pode significar um prejuízo aos cofres públicos de até R$ 192 milhões. No caso da licitação para fornecer os trens da Linha Lilás do Metrô de São Paulo, a “comissão” foi paga aos consultores Arthur Gomes Teixeira e Sérgio Meira Teixeira, morto em 2011. Esse contrato foi assinado no fim do mandato do governador Mário Covas, morto em 2001.

Já na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), o projeto Boa Viagem, em que a CPTM contratou serviços de modernização dos trens em 2005, a comissão cobrada por Teixeira teria sido de 8%, sendo que 6% seriam repassados como propina a funcionários públicos.
Zaniboni e Teixeira foram afetados pelo bloqueio de R$ 60 milhões em dinheiro e investimentos, determinado ontem pela Justiça de São Paulo (Leia aqui).

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