sexta-feira, 13 de setembro de 2013

NORDESTE SEGUE CRESCENDO ACIMA DO BRASIL

Apesar da crise internacional, a economia do Nordeste segue crescendo acima da media nacional. No primeiro semestre do ano, o índice de Atividade Econômica pedido pelo Banco Central aumentou 2,9% nacionalmente e 4,2% no Nordeste. Em Pernambuco, porém, a evolução foi de 1,8% no mesmo período, bem menor do que em outros estados (O estado que apresentou maior aumento foi a Bahia, com 6,1%). Isso refletiu uma queda no nível de atividade de construção civil e da indústria de transformação em Pernambuco. Quanto ao desemprego, observa-se uma pequena elevação nas Regiões Metropolitanas, inclusive na do Recife. Em julho de 2013, o desemprego aberto na Região Metropolitana do Recife (RMR) atingiu 8,7%. Apesar dos maiores índices de desemprego, o rendimento mensal médio dos trabalhadores continuou crescendo. Nas regiões metropolitanas aumentou 1,5% e em Pernambuco 1,9%. A maior elevação foi em Porto Alegre, a menor, em Salvador, com a única queda do período, de 7,4%, de acordo com dados da Consultoria Econômica de Planejamento (Ceplan).

Em nível nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,3% no segundo trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2012. Predominam expectativas para crescimento de 2% a 2,5% no PIB de 2013 e de 3,2% em 2014. Já no cenário internacional, a análise não encontrou variações importantes durante o ano de 2013. A Economia mundial se manteve em crescimento moderado, porém o ano deve terminar com taxas menores do que o previsto, crescendo 3,1%, o mesmo índice de 2012. Já nos países emergentes, observou-se uma desaceleração do crescimento. A previsão é que esses países atinjam um crescimento no PIB de 5% em 2013 e 5,4% em 2014. Já nos Estados Unidos, a expectativa é de um aumento de 1,7% no PIB, e o euro ainda continua estagnado, devido à recessão, com previsão de baixa de -0,6% para o PIB de 2013.

Além das pesquisas, a Ceplan também avaliou os dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios pernambucanos. Os indicadores contemplam Longevidade, Renda e Educação, com índices de Muito Alto, Alto, Médio, Baixo e Muito Baixo. A nota varia de 0 a 1 e quanto maior a aproximação de 1, melhor o estado do município. O período analisado foi de duas décadas, contemplando os anos de 1991, 2000 e 2010. De acordo com a pesquisa, o melhor resultado é o do Distrito Federal, com IDHM de 0,824 e o único Muito Alto do país, enquanto os piores são Alagoas e Maranhão. Pernambuco se encontra no 19º lugar, com 0,673, tendo o Arquipélago de Fernando de Noronha com a melhor avaliação e Manari, no Sertão, como a pior.

A educação, segundo o IDHM, foi o índice com a maior melhora, tendo um aumento de 0,358 em termos absolutos. Em Pernambuco, o indicador cresceu 54,3%, acima da média nacional, de 39,7%. A Longevidade cresceu 27,9% no Estado e 23,3% no País, entre 1991 e 2010. A Renda Per Capita mensal cresceu R$ 346,31 no período, com um crescimento de 18,3% em Pernambuco, contra 14,2% nacionalmente. 

Mariana Almeida_PE247

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