Mais de R$ 3 milhões serão investidos no fomento à piscicultura em cinco assentamentos de reforma agrária nos territórios do Sertão do São Francisco, Itaparica e Piemonte do Paraguaçu, na Bahia. A iniciativa é resultado de um convênio que deverá ser assinado ainda este mês pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, a Secretaria da Agricultura da Bahia do Estado (Seagri) e a Bahia Pesca, atendendo a uma demanda do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e beneficiando 120 famílias na região.
“Temos que aproveitar o potencial hídrico existente nos assentamentos de reforma agrária do estado e promover o desenvolvimento da piscicultura nos municípios envolvidos, com vistas a gerar ocupação, renda e alimento, com a construção de tanques escavados e implantação de tanques rede para produção de tilápia”, afirma o secretário da Agricultura, Eduardo Salles.
De acordo com o Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Piscicultura Familiar em Assentamentos da Reforma Agrária do Estado da Bahia, discutido na última semana, em Brasília, os recursos permitirão a implantação de módulos de produção de pescado, aproveitando o potencial hídrico dos assentamentos nos municípios de Casa Nova, Remanso, Abaré, Sobradinho e Boa Vista do Tupim, pelo período de dois anos.
Nestes locais, a Bahia Pesca vai implantar três módulos de cultivo de peixes em viveiros escavados, reformar um módulo existente em um assentamento e implantar um módulo de produção de peixes em tanques rede.
Alimentação escolar
O estímulo à produção também poderá garantir o fornecimento do peixe na alimentação escolar da região, conforme prevê o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “O fomento à atividade envolve muito mais do que apenas produzir, requer o pleno desenvolvimento da consciência ecológica no cuidado com o rio, procurando conciliar a produtividade com a conservação do meio ambiente”, explica o presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto.
Segundo ele, a empresa vai promover a integração das políticas de apoio à produção dos assentamentos como forma de estimular o desenvolvimento sustentável territorial, auxiliando nas formas de cooperação e organização da produção dos assentados. O Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário irão disponibilizar mão de obra para prestar assistência técnica no projeto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário