segunda-feira, 23 de setembro de 2013

"ADIAMENTO DE VIAGEM DE DILMA AO EUA TEM FORTE REPERCUSSÃO INTERNACIONAL

O adiamento da viagem da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos gerou grande repercussão internacional. A decisão, anunciada na terça-feira (17), ganhou destaque nos principais veículos de mídia de inúmeros países, inclusive nos EUA, que receberia a mandatária brasileira em outubro.

O principal diário estadunidense, The New York Times, tratou o adiamento como “uma forte repreensão à administração Obama” e “uma decisão extremamente rara nos anais da diplomacia”. Em sua reportagem, o NY Times também mencionou que a “gigante do petróleo” brasileira foi um dos alvos da espionagem denunciada pelo ex-agente da NSA Edward Snowden.

Já o Huffington Post, um dos mais prestigiados portais de notícias do país, usou a ironia para reportar o fato: “Adivinhe quem não vem para o jantar?”, estampou o site na manchete principal da seção Mundo.

Na Europa, o britânico The Guardian afirmou que Dilma “esnobou Barack Obama” e também citou o ex-presidente Lula, que cobrou desculpas de Obama para o mundo, em virtude das revelações acerca do esquema de espionagem ilegal sobre governos, empresas e cidadãos de vários países.

O espanhol El País referiu-se à presidenta brasileira como “uma mulher de caráter” e afirmou que as exigências da governante a colocaram na condição de “primeira presidente brasileira que soube impor sua autoridade ao líder da primeira potência mundial”. O jornal também diz que Dilma reforça sua popularidade interna e que na campanha pela reeleição em 2014 poderá se apresentar como “a candidata capaz de defender a soberania do seu povo”.

A agência internacional alemã Deutsche Welle publicou matéria registrando os comentários elogiosos de internautas – em vários sites de notícias alemães – à postura da brasileira. “Merkel, Pofalla [chefe de gabinete da chanceler] e Friedrich [ministro do Interior] poderiam/deveriam aprender com a senhora Rousseff”, escreveu um usuário no portal Tagesschau. Outro leitor questionou o que faria Angela Merkel se tivesse em situação semelhante. “Ela iria exigir uma desculpa de Obama e adiar por tempo indeterminado uma viagem a Washington, até que tudo estivesse perfeitamente investigado e esclarecido? Inimaginável”, criticou".

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