SERRA TALHADA HOMENAGEIA O REI DO CANGAÇO COM GRANDE ESPETÁCULO TEATRAL

O espetáculo teatral ao ar livre e gratuito “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, relembra um dos grande eventos históricos do nordeste , ocorrido há 75 anos: o terrível encontro entre militares do Governo Getulista e cangaceiros liderados por Lampião e sua esposa, Maria Bonita, estes pegos de surpresa e quase sem nenhuma reação na madrugada do dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe.

Era o fim da chamada Era do Cangaço. Em meio àquelas árvores retorcidas da caatinga, resultando num verdadeiro banho de sangue no sertão nordestino, 11 integrantes do afamado bando, incluindo o casal líder, foram mortos e tiveram suas cabeças decepadas.

Esta tragédia é contada partir do até então Inédito texto dramatúrgico escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu.

Numa realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com patrocínio do Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, com apoio de diversas empresas locais, a montagem, que teve sua estreia em julho de 2012, voltou a ser apresentada na cidade do sertão do pajeú, desde ontem e vai até o dia 28 de julho sempre às 20h na antiga Estação Ferroviária.

A frente da encenação, que conta com 30 atores/atrizes, 40 figurantes e 35 profissionais na parte técnica e administração, está um mestre das grandes produções teatrais ao ar livre no Estado, o diretor, ator, dramaturgo e iluminador José Pimentel. Ele que ficou imortalizado pelo papel de Jesus na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, cidade cenográfica localizada no agreste de Pernambuco. Aos 78 anos, José Pimentel volta à cena para interpretar, no espetáculo O Massacre de Angico – A Morte de Lampião, o velho pai do rei do cangaço, Zé Ferreira.

Rinaldo Lima

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