Os dois disputariam eleições em 2010. As declarações constam de processo disciplinar aberto pela CGU para apurar irregularidades na compra, ao custo de R$ 61,5 milhões, de produtos de socorro às vítimas das chuvas. O órgão puniu três servidores da Defesa Civil, à época subordinada a Geddel, por suposta lesão aos cofres públicos. O peemedebista não foi investigado, pois tem status de agente político e não está sujeito a apurações dessa natureza.
O ex- secretário Nacional de Defesa Civil Roberto Guimarães, o ex-diretor do Departamento de Minimização de Desastres, Marcos Antônio Moreira, e o então coordenador-geral do departamento, Sérgio José Bezerra, que já haviam sido exonerados, foram agora destituídos de suas funções e estão proibidos voltar às administração pública.
De acordo com a CGU, não estava prevista a compra de material para a Bahia, mas as prefeituras de Salvador e Simões Filho foram atendidas, embora sem cumprir exigências. Ouvido, Bezerra explicou que a ordem para o envio foi política. Segundo ele, o então chefe da Defesa Civil, indicado por Geddel, impediu que o material fosse entregue ao governo de Wagner, comandando a distribuição pessoalmente.
“O ministro tinha um intriga política com o governador. O secretário determinou que não deveria entregar a ele. O material foi entregue na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), no interior da Bahia. Aí, o secretário nacional gerenciou diretamente a entrega”, disse ele nesta segunda-feira, em entrevista ao Grupo Estado. “Foi política (a motivação)”. Procurado pela reportagem, Geddel negou direcionamento de recursos à Bahia por critério político e disse não conhecer Sérgio Bezerra.
Segundo ele, a Defesa Civil atuava de forma independente do ministério. “Não tenho responsabilidade funcional”, sustentou. O ex-ministro disse ser favorável à apuração do caso e de punições “exemplares” para responsáveis. Os três servidores negam irregularidades.
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